A comissão especial da reforma administrativa confirmou uma vitória do ministro Anderson Torres (Justiça) ao manter no texto do relator Arthur Maia (DEM-BA) a possibilidade de aposentadoria para policiais com o salário integral, reajustado como os da ativa e pensão por morte para os cônjuges.
Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, Torres foi escalado pelo presidente Jair Bolsonaro para aparar as arestas com as carreiras da segurança pública causadas pela reforma da Previdência e pela PEC Emergencial. Bolsonaro prometeu aos policiais reverter as perdas logo após ser alvo de críticas das carreiras por causa da aprovação da PEC Emergencial.
À época, em abril deste ano, ele se reuniu com deputados da bancada da bala e prometeu que o governo atuaria para amenizar as perdas para as carreiras da segurança pública.
Na segunda (13), Maia esteve com Torres acompanhado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e um dos temas do encontro foi, justamente, a inclusão desses temas na reforma administrativa.
Na quinta (16), quando a inclusão dos benefícios aos policiais foi criticada e o relator sinalizou um possível recuo, Torres voltou a utilizar suas redes para afirmar que seguia nas tratativas com Maia e Lira. “Não fazer isso, não conceder essa condição agora é uma maldade com pessoas que estão se aposentando depois de trabalhar na polícia e que estão na expectativa de ter essa paridade e essa integralidade”, disse Maia durante a votação do texto da reforma na comissão especial.
Por Camila Mattoso/FOLHAPRESS
Redação por Bernardo Andrade