A Polícia Nacional do Paraguai prendeu, na manhã desta segunda-feira (11), seis brasileiros suspeitos de participarem do assassinato de cinco pessoas em Ponta Porã (MS) e em Pedro Juan Caballero, cidade do país vizinho. Os crimes ocorreram em menos de 24 horas.
Entre as vítimas está o vereador do município sul-mato-grossense Farid Afif (DEM), 37, que era líder da atual gestão municipal de Hélio Peluffo Filho (PSDB) na Câmara.
Também foi morta Haylee Carolina Acevedo Yunis, filha de Ronald Acevedo, governador de Amambay, estado paraguaio que fica na fronteira com o Brasil.
A suspeita inicial da polícia é que o alvo principal tenha sido Osmar Vicente Álvarez Grance, 32, também assassinado.
As mortes se somam a outras que vêm sendo registradas na região. No final de setembro, por exemplo, o corpo de um brasileiro decapitado foi encontrado em Pedro Juan Caballero, a apenas cinco quilômetros da fronteira com Mato Grosso do Sul.
A série de assassinatos fez com que o governo de Mato Grosso do Sul reforçasse o policiamento na região da fronteira. A gestão Reinaldo Azambuja (PSDB) diz ter enviado equipes de elite das polícias militar e civil.
“É um reforço sem data de saída. Apoio total às autoridades do país vizinho, para auxiliar na prisão dos autores”, disse o secretário de Segurança Pública do estado, Antônio Carlos Videira.
Segundo a polícia paraguaia, os acusados foram presos em uma casa na colônia Cerro Cora’i, nos arredores de Pedro Juan Caballero.
Hywulysson Foresto, Juares Alvers da Silva, Luis Fernando Armani e Silva Simões, Gabriel Veiga de Sousa, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo e Douglas Ribeiro Gomes estariam escondidos na residência.
No local, os agentes paraguaios também apreenderam um Fiat Uno cinza, um Gol branco e um Palio prata, todos com placas brasileiras. Também foram encontradas três placas de outros veículos, celulares, joias e 74 gramas de maconha.
Outro suspeito foi preso ainda no domingo (10) após perseguição que envolveu policiais paraguaios e brasileiros. Também foi apreendido um veículo que pode ter sido utilizado nos crimes.
Em entrevista coletiva, o comissário geral da polícia paraguaia, Cesar Silguero Lobos, que participou da operação, disse que ainda é apurado suposto envolvimento dos presos com o PCC (Primeiro Comando da Capital), já que a facção criminosa controla o tráfico de drogas e armas na fronteira.
Neste sábado, quatro pessoas, sendo três mulheres e um homem, foram mortos a tiros numa chacina em frente a um espaço de eventos, por volta das 6h30.
Segundo a polícia, os criminosos mataram as quatro vítimas num intervalo de cerca de dez segundos.
Os atiradores efetuaram mais de cem disparos, conforme a polícia paraguaia, e chegaram ao local, no bairro San Antonio, numa caminhonete.
Por Rafael Ribeiro/FOLHAPRESS
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Redação por Bernardo Andrade