A chefe de gabinete do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), foi presa na manhã de hoje pela Polícia Federal na 2ª Fase da Operação Ptolomeu suspeita de obstruir as investigações de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a membros do governo do estado.
A prisão foi confirmada à reportagem pela PF. Na semana passada, Cameli foi um dos alvos da primeira fase da operação.
A prisão foi determinada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), que pediu também a “imediata instauração” de novo inquérito policial visando a apuração do crime de obstrução de investigação de organização criminosa.
Ainda por determinação do STJ, policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão em Rio Branco.
A PF não divulgou o nome da chefe de gabinete, mas no site do governo o Acre o cargo é ocupado pela funcionária Rosângela Gama. A reportagem entrou em contato com o governo do Acre, mas ainda não teve respostas.
A reportagem não identificou a defesa de Rosângela Gama.
“Nesta segunda fase, a Polícia Federal identificou um conluio entre servidores públicos, que, após a deflagração da operação no último dia 16, praticou diversos atos direcionados a obstrução da investigação, na tentativa de destruição de provas essenciais para a continuidade das apurações”, diz o comunicado da PF sobre a ação de hoje.
De acordo com a PF, a investigação que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça) apura se um “grupo criminoso, controlado por empresários e agentes políticos ligados ao Poder Executivo estadual acreano, atuava no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos”.
Na primeira fase da operação, realizada no último dia 16, com apoio da CGU (Controladoria-Geral da União), a PF cumpriu 41 mandados de busca e apreensão e uma ordem judicial de prisão.
Os primeiros mandados foram executados em Rio Branco, Cruzeiro do Sul (AC), Brasília e Manaus.
Na ocasião, segundo a polícia, foram identificadas dezenas de transações financeiras suspeitas em contas-correntes, pagamentos de boletos de cartão de crédito, transações com imóveis de alto valor e aquisições subfaturadas de veículos de luxo.
A CGU apurou que o governo estadual empenhou R$ 142 milhões para sete empresas suspeitas de integrar o esquema ilícito.
Por Andreia Martins e Beatriz Gomes/FOLHAPRESS
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Redação por Bernardo Andrade