A rede hoteleira carioca atingiu 92% de ocupação na última terça-feira (28), de acordo com números do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (HotéisRIO).
Apesar da queda no número de casos de Covid-19, a cidade terá um Reveillón com restrições por conta da pandemia e enfrenta ainda um surto do vírus influenza A H3N2, causador da gripe.
Até o último dia 16, a média de ocupação dos hotéis cariocas estava em 86%. Entretanto, a procura por quartos aumentou na semana do Natal e a expectativa agora é que a cidade bata 100% de ocupação até o dia 31.
“As perspectivas são muito positivas e sinalizam que os números fiquem próximos ou superem os do Réveillon 2019/2020”, afirmou o presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes, em nota divulgada à imprensa.
“Continuamos com as medidas restritivas, exigindo a carteira de vacinação. Isso dá segurança ao turista. Todos que vierem ao Rio irão se divertir, mas com segurança”, disse Lopes no texto.
No último dia 23, a prefeitura do Rio anunciou uma série de restrições de acesso à cidade aprovadas pelos comitês científicos do estado e da prefeitura. O objetivo é tentar reduzir ao máximo as chances de disseminação da Covid-19 e do influenza durante as festas.
“Estamos fazendo de tudo para desincentivar grandes deslocamentos e aglomerações”, disse o prefeito Eduardo Paes (PSD), na ocasião.
Desde meados de novembro, o Rio vem registrando um aumento no número de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Embora as ocorrências de Covid tenham registrado queda no período, aumentou a quantidade de pessoas com sintoma de gripe na cidade.
Na semana epidemiológica 46 (entre 14 e 20 de novembro), a capital registrou 281 casos de SRAG – apenas três tiveram a influenza como causa confirmada. Um mês depois, na semana epidemiológica 50 (período entre 12 e 18 de dezembro), o número de casos disparou para 554.
Dessas 554 internações, 174 tiveram a confirmação da causa como o vírus influenza, outras 125 aguardam o resultado de testes para classificação e 62 tiveram causa indeterminada. Na semana epidemiológica 50 apenas 29 internações foram causadas pela Covid-19.
Festa chegou a ser cancelada
Com o surgimento da variante ômicron e divergências entre os comitês científicos da prefeitura e do governo do estado, o prefeito Eduardo Paes (PSD) chegou a anunciar o cancelamento dos festejos de Réveillon. Contudo, o prefeito voltou atrás após se reunir com o governador Cláudio Castro (PL).
Ficou acordado que o escopo da festa seria reduzido, mantendo a queima de fogos em Copacabana e e em uma série de pontos na cidade, mas cancelando os shows gratuitos que costumam fazer parte da programação.
A variante ômicron é muito mais transmissível do que as cepas anteriores da covid-19 e consegue infectar pessoas vacinadas, segundo os primeiros estudos internacionais.
Fonte: UOL/FOLHAPRESS
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Redação por Bernardo Andrade