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SP diz que pode vacinar todas as crianças de 3 a 11 anos em 10 dias

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O governo de São Paulo estima ter capacidade de vacinar todas as crianças de 3 a 11 anos no estado contra a Covid-19 em cerca de dez dias.

A informação foi dada pela responsável pelo Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula, em reunião do secretariado com o governador João Doria (PSDB) nesta segunda (10).

Esse público poderá ser atendido pela Coronavac, o imunizante de origem chinesa que é produzido no Instituto Butantan, que tem 12 milhões das 15 milhões de doses disponíveis separadas para uso pediátrico no estado.

Também nesta manhã, o diretor da entidade, Dimas Covas, reuniu-se virtualmente com representantes do laboratório que criou a vacina, o Sinovac, e especialistas do governo chileno e da Universidade Católica do país andino, que já imunizou 1,4 milhão de pessoas entre 3 e 17 anos.

Foram repassados dados acerca da segurança e da eficácia da Coronavac nesse segmento populacional, segundo Covas muito bons.

Os dados serão enviados ao painel de médicos que será consultado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que analisa o pedido do Butantan para liberar a Coronavac de 3 a 11 anos.

Hoje, a agência só autoriza o uso da vacina da Pfizer-BioNTech de 5 a 11 anos.

O governo Jair Bolsonaro (PL) fez o possível para protelar o início da imunização desse grupo, criando uma consulta pública inaudita no Ministério da Saúde sobre o tema.

O presidente em si ataca a vacinação de crianças sempre que pode, levantando dúvidas sobre sua necessidade.

Morreram oficialmente pouco mais de 300 crianças nessa faixa etária na pandemia, e a emergência da altamente transmissível variante ômicron colocou o debate sobre a vacinação do grupo em evidência.

Afinal de contas, as aulas estão para voltar e, mesmo que cause sintomas menos severos, a ômicron tem alto potencial de se espalhar ainda mais, sobrecarregando o sistema de saúde.

Em alguns países, 90% dos internados são pessoas sem vacinação alguma –caso das crianças.

A Anvisa deve receber os novos dados do Butantan ainda nesta tarde.

No governo paulista, há uma expectativa de que a agência irá ser célere na liberação, até pelo estado das relações entre ela e o governo federal.

O presidente do órgão, o almirante Antonio Barra Torres, divulgou uma dura nota no fim de semana cobrando o presidente a ou provar suas insinuações de que haveria na Anvisa “interesses” na liberação da vacina para o público infantil, ou a se retratar.

O Ministério da Saúde já encomendou as doses suplementares da Pfizer para este mês, e diz que pedirá à Anvisa a liberação da vacinação de 0 a 4 anos com a vacina americana-europeia.

A vantagem da Coronavac é a disponibilidade de doses, devido ao fato de que o imunizante parou de ser usado pelo governo federal.

Primeira vacina contra Covid-19 aplicada no Brasil, por insistência de Doria ante a relutância de seu adversário Bolsonaro, a Coronavac acabou substituída principalmente pela da Pfizer.

O tema vacinação é um dos que deverá pontificar a campanha do tucano ao Planalto neste ano.

O uso pediátrico poderá dar uma nova vida ao fármaco, que segundo os dados chilenos e chineses é melhor tolerado e proporciona boa resposta imune em crianças.

Se for liberada, como o governo paulista espera, também manterá a Coronavac na linha de produção da fábrica multivacinas que está sendo levantada com dinheiro de doações privadas no Butantan, cerca de R$ 200 milhões.

Prevista para funcionar no ano passado, ela está atrasada. A estrutura física, afirmou Covas, deverá estar pronta nos próximos dias.

Desde novembro, equipamentos importados para a fabricação de imunizantes, não só Covid-19, estão sendo montados.

O diretor crê que a planta estará entregue para ser qualificada para operação em abril.

Por Igor Gielow/FOLHAPRESS 

Foto: Divulgação 

Redação por Bernardo Andrade 

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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