A Prefeitura de São Paulo anunciou, conforme orientações do Instituto Butantan, a padronização para 28 dias do intervalo entre a primeira e a segunda dose Coronavac em crianças de 6 a 11 anos na capital.
O período foi o considerado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a aprovação do uso do imunizante para o público infantil.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirma que a Coordenaria de Vigilância em Saúde (Covisa) já iniciou uma reorientação nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) para que a segunda dose do imunizante seja agendada para esse período.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, reiterou que a capital seguirá a recomendação do Butantan e essa nova medida não interfere na volta às aulas presenciais.
“A volta às aulas é primordial. Perdemos duas gerações de alfabetização dos alunos e precisamos entender a necessidade do retorno presencial para recuperar esses dois anos que a gente perdeu em relação à alfabetização”, disse.
O Butantan afirmou, por sua assessoria de imprensa, que “essa orientação de intervalo de 21 a 28 dias é a mesma de adultos. [Ela] nunca mudou, é desde o início da aplicação da Coronavac”.
A Coronavac para crianças foi aprovada na última quinta-feira (20) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para crianças de 6 a 17 anos.
Além dela, a Pfizer é o único outro imunizante que pode ser utilizado para o público infantil.
No mesmo dia do anúncio da aprovação, o governo de São Paulo anunciou que utilizará 8 milhões de doses da vacina que estavam paradas no Instituto Butantan para imunização de crianças e adolescentes no estado.
Na sexta-feira (21), foi a vez do Ministério da Saúde confirmar a inclusão da Coronavac na campanha de vacinação contra a Covid-19 de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos.
De acordo com Rodrigo Cruz, secretário-executivo da pasta, o país tem 9 milhões de doses disponíveis para aplicar nesse público.
Do total, 3 milhões estão nos estados e já podem ser usadas, uma vez que a vacina aplicada em crianças é a mesma utilizada em adultos.
Outros 6 milhões estão nos estoques do ministério e deverão começar a ser distribuídas nos próximos dias.
Antes da aprovação, o Butantan já tinha feito um pedido inicial à Anvisa para incluir a faixa etária de 3 a 17 anos entre o público apto a receber a Coronavac, mas a agência negou o pedido em agosto de 2021 por falta de dados.
No segundo pedido feito pelo Butantan, a agência autorizou a vacina para crianças e adolescentes, mas permitiu a aplicação somente em crianças a partir de 6 anos de idade, indicando que ainda faltavam dados para essa faixa etária mais jovem.
Informações completas do calendário da imunização na cidade de São Paulo podem ser consultadas na página Vacina Sampa.
Além disso, é possível observar o movimento das unidades de saúde por meio da plataforma De Olho na Fila.
Fonte: FOLHAPRESS
Foto: Divulgação
Redação por Bernardo Andrade