quinta-feira, dezembro 26, 2024
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Diretor diz que BC deve combater choques que impactem meta de inflação

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Um dia após a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), o diretor de política monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou que a autarquia tem o dever de combater choques que impactem a meta de inflação no horizonte relevante.

Segundo ele, o objetivo do BC não é opinar sobre políticas públicas que estão na alçada do Congresso e do Executivo.

“A gente tem de dizer apenas como determinadas decisões podem influenciar a nossa capacidade de entregar a inflação no centro da meta no horizonte relevante”, disse nesta quarta-feira (9), em live do banco Modalmais.

“Se o preço não for sustentável e houver previsão de que terá de voltar ao normal no ano seguinte ou em dois anos, o impacto para a política monetária é negativo. Estamos olhando para 18 meses à frente”, afirmou.

O documento, divulgado pelo BC na terça-feira (9), foi classificado por alguns analistas financeiros como ‘ata dos recados’, com alerta sobre políticas fiscais.

Sem fazer referência direta à PEC dos Combustíveis, o BC mostrou preocupação de que as propostas para reduzir a tributação de combustíveis no ano eleitoral possam ter efeito negativo sobre a taxa de câmbio, levando a uma inflação mais alta e, consequentemente, à necessidade de uma taxa básica de juros ainda mais elevada.

“O Comitê nota que mesmo políticas fiscais que tenham efeitos baixistas sobre a inflação no curto prazo podem causar deterioração nos prêmios de risco, aumento das expectativas de inflação e, consequentemente, um efeito altista na inflação prospectiva”, indicou a ata.

O diretor de política monetária do BC também disse que a batalha contra a inflação de 2022 -ainda em dois dígitos- está longe de estar ganha, demonstrando preocupação com o efeito da inflação corrente nos preços futuros.

Serra ressaltou, entretanto, que isso não vai contra a ideia de redução do ritmo do aperto nas próximas reuniões, tomada em função da defasagem dos efeitos de política monetária.

Segundo ele, os impactos na atividade são esperados em seis meses e, depois disso, se dão na inflação. Já o efeito no índice de preços ocorre após cerca de 18 meses.

Na semana passada, o Copom do BC elevou a taxa básica de juros em 1,50 ponto porcentual, passando de 9,25% para 10,75% ao ano.

Em março de 2021, a Selic estava em 2% ao ano, menor patamar histórico.

“Apesar de 2022 requerer ajuste maior [nos juros], há muita volatilidade nas projeções e nos preços de commodities. Fazer ajuste [maior] considerando que, na reunião seguinte, o Copom está olhando apenas para 2023 não nos pareceu a melhor decisão”, disse.

Serra pontuou também que o ciclo de aperto monetário deve ser mais contracionista do que projetado no chamado cenário de referência, o qual prevê Selic de 12% no primeiro semestre deste ano, de 11,75% ao fim de 2022 e de 8% em 2023.

Após a reunião de março, o foco integral do Copom passa a ser na meta de inflação do próximo ano, de 3,25.

Por Nathalia Garcia/FOLHAPRESS 

Foto: Divulgação 

Redação por Bernardo Andrade 

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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