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Mario Frias acusa filme da Netflix de pedofilia, mas obra segue normas de Bolsonaro

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Apesar de o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmar que viu “detalhes asquerosos” no filme “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”, o longa segue as normas da própria pasta para a classificação indicativa de conteúdo sexual.

Na noite de domingo (14), o secretário especial da Cultura, Mario Frias, disse que o longa faz apologia do abuso sexual infantil.

Nos dois guias publicados pelo Ministério da Justiça já no governo Bolsonaro, em 2018 e também na versão atualizada de 2021, usados como referência pela indústria audiovisual, conteúdos em que há a indução ou atração de alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual não são recomendados para menores de 14 anos.

“Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola”, lançado em 2017, tem classificação indicativa de 14 anos, ou seja, está dentro das normas do governo Bolsonaro, ainda que lançado durante a gestão de Temer.

O longa com Fábio Porchat e Danilo Gentili no elenco se viu no centro de uma polêmica após Frias postar um trecho do filme em seu perfil numa rede social.

Na cena destacada, o personagem de Porchat instiga dois garotos menores de idade a pararem de discutir e pede que o masturbem. Os meninos reagem com surpresa, negando o pedido.

“O que é isso, preconceito nessa idade? Isso é supernormal, vocês têm que abrir a cabeça de vocês”, diz o personagem de Porchat, que em seguida abre a braguilha da calça e puxa a mão de um dos meninos em direção a ela.

Segundo Frias, a cena é uma afronta às famílias, e o longa usa a pedofilia como forma de humor. Ele disse ainda que tomará medidas cabíveis para que as crianças não sejam “contaminadas por esse conteúdo sujo e imoral”.

Após a publicação do secretário, o ministro da Justiça afirmou ter determinado que o Ministério da Justiça e da Segurança Pública adote “providências cabíveis para o caso”.

Gentili entrou na conversa na rede social e falou que o maior orgulho de sua carreira é que ele consegue “desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista”, num post em que não cita o filme.

Nem a assessoria da Netflix nem a de Porchat responderam ao contato da reportagem até a publicação. Na época do lançamento do filme, Porchat afirmou a este jornal que “a cena é escrota mesmo, e foi escrita para ser”.

Em exibição na Netflix, “Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola” é baseado no livro homônimo escrito pelo comediante e apresentador Danilo Gentili em 2009.

O longa mostra dois garotos executando as lições presentes no tal livro, que na adaptação é um caderno escrito anos atrás e escondido em um banheiro.

Eles têm a ajuda do próprio autor das “maldades” do caderno, interpretado por Gentili. O autointitulado “pior aluno da escola” é agora um homem de quase 40 anos que vive na suíte presidencial de um hotel de luxo, rodeado por mulheres e que atua como um penetra habitué de festas badaladas.

Por João Perassolo/FOLHAPRESS

Foto: Divulgação

Redação por Bernardo Andrade

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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