O concurso foi realizado pelo Departamento Tavorense de Cultura no município de Joaquim Távora, no Paraná.
Na edição de 2021, o amazonense Henrique Lucas alcançou o segundo lugar na competição com o poema “Pantanal”. A nota geral da bancada julgadora foi 9.76.
Resultado final da categoria adulta nacional:
1º lugar:
Obra: Sobrevivi- Autor: Maximiliano da Rosa – Imbé – RS
Média do júri: 9,83;
2º lugar:
Obra: Pantanal – Autor: Henrique Lucas – Careiro – AM
Média: 9,76;
3º lugar:
Obra: Angústia – Autor: Eliane Souza – Londrina – PR
Média: 9,72;
4º lugar:
Obra: O Andarilho, o Poeta e Eu Ainda – Autor: Marcelo G. J. Feres –
Rio de Janeiro – RJ – Média: 9,70;
5º lugar:
Obra: Esperança, Poesia Viva – Autor: André Luís Soares – Guarapari – ES – Média: 9,57;
SUBCATEGORIA: Melhor tavorense classificado:
Obra: Liberdade – Autora vencedora: Bianca Santos – Joaquim Távora PR – Média: 8,8.
Jurados: Eder Luis Pacheco, Flavia Letícia, Flavio Luis Ribeiro, Jeferson Bordignon, Luciana Lu Vieira Rodrigues e Patrícia Mugnaini Ferrari.
Confira o poema de Henrique Lucas:
“O Pantanal”
Paraíso
Terra e Água
Éden de flora e fauna
É um berço sagrado e genial
Fecundado e eclodido pela natureza
Um paraíso poetizado no coração do Brasil
És o nosso fabuloso patrimônio batizado de Pantanal
Tuas paisagens compõem um cenário nobre e tropical
Tuas crias e ninhais são teatros distintos
Inspira ciência, zelo e proteção
O Tuiuiú sua majestade real
Abre suas asas em voo
No bioma encantado
Pantanal
Maravilhas
Em folhas, penas e flores
Dançam na utopia de sua liberdade
Teus nativos ainda lutam contra os vis invasores
Ao revoar das araras coloridas e onças acuadas pelas dores
O teu seio desenhado com arames farpados num cassino bio-marginal
E sobre as nuvens da América que fertilizam tua seiva suplica o Pantanal
Na cobiça de dentes capitais e motor-serras edificaram eucaliptos e canaviais
E a natureza reclama, em chama, sem pátria, para onde correr?
E as tuas folhas exauridas ao chão da ambição
Enobrece tua pele em arte excomunhal
O teu solo rachado e manchado
Deixou de “ser” brasileiro
Virou brasa
Pantanal
Guató
Bravos canoeiros
Defendem o sonho brasileiro
A seca, a árvore, o choro, o passarinho
Pelo seu eco devemos ser sábios, unidos e lutar
O poeta D ‘Barros na Cuiabá e Mato queimado a declamar
Kadiwéus, Guaranis Kaiow, Bororo, Guapós e Terenas filhos do Pantanal
Os meus olhos choram de tristezas em ver tua beleza divina a queimar
Mas sou poeta e não quero vingança a quem te fez tombar
Junto ao povo pantaneiro guardiões deste lugar
Sou jacaré, onça pintada e tamanduá
Vou proteger-Te do juízo final
E a paz reinará
Pantanal
Da redação
Foto: Divulgação