sábado, julho 12, 2025
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‘Eu quero minha menina, isso não tem que ficar assim’, diz mãe da criança morta no Carnaval

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A mãe de Raquel Antunes da Silva, a menina de 11 anos que morreu nesta sexta-feira (22) após acidente na dispersão do sambódromo, pediu por justiça durante o velório da filha no cemitério do Catumbi, zona central do Rio de Janeiro.

“Eu quero minha menina, isso não pode ficar assim”, gritou, aos prantos, a manicure Marcela Portelinha Antunes. A mãe teve que ser carregada por familiares para subir as escadas até a capela.

Ela passou mal durante o velório e uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamada para atendê-la.

Raquel teve as pernas prensadas entre um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora e um poste na rua Frei Caneca, no fim da noite de quarta-feira (20).

Ela foi internada no Hospital Municipal Souza Aguiar em estado gravíssimo e teve uma perna amputada, mas não resistiu e morreu às 12h10 desta sexta.

Seu corpo foi velado na manhã deste sábado (23).

Familiares chegaram ao local com uma camisa com a foto de Raquel e os dizeres: “Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós”.

Após a tragédia, ainda na noite de quarta, o desfile das escolas chegou a ser interrompido para a realização de perícia no local.

A Polícia Civil afirmou que abriu investigação sobre o caso e que também está analisando imagens coletadas das câmeras de segurança.

Depois do acidente, a pedido do Ministério Público, a Justiça fluminense determinou que todas as escolas do grupo de acesso, especial e mirins façam a escolta de seus carros até seus barracões.

A decisão foi do juiz Sandro Espíndola, da 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital.

De acordo com a Promotoria, o desfile desta quarta violou normas que haviam sido determinadas pela Justiça com antecedência.

Em março deste ano, o MP do Rio diz ter enviado aos organizadores do evento recomendações.

“Providenciar seguranças aos carros alegóricos para evitar que crianças e adolescentes se coloquem em riscos, especialmente, nos momentos de concentração e dispersão das escolas de samba”, diz um dos itens do documento.

O prefeito Eduardo Paes (PSD) publicou que a morte de Raquel “deixa um grande sentimento de tristeza”. “Vamos acompanhar de perto a investigação policial que apura as responsabilidades e estamos, através de nossa secretaria de Assistência, dando apoio aos familiares”, escreveu nesta sexta.

O governador Cláudio Castro (PL) também manifestou em nota solidariedade aos parentes e disse que desde esta quinta o Governo do Rio está prestando assistência psicológica aos familiares da menina por meio da Secretaria de Estado de Assistência à Vítima.

As ligas das escolas de samba Liga-RJ e Liesa se solidarizaram com a família e afirmaram, em nota conjunta, que a criança “subiu no carro alegórico fora do sambódromo, na rua Frei Caneca, no Estácio, após deixar a área de dispersão”.

“Equipes das Ligas e da Escola acompanham o caso na unidade hospitalar ao lado da família desde o primeiro instante e também colaboram com as autoridades. Nesse momento, é preciso esperar a apuração da perícia e autoridades para novos esclarecimentos”, afirmaram.

Procurada para dizer se havia segurança no carro alegórico, a escola Em Cima da Hora não havia respondido até a publicação desta reportagem.

 

Por Ana Luiza Albuquerque/FOLHAPRESS 

Foto: Reprodução 

Redação por Bernardo Andrade 

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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