Na manhã desta quarta-feira (18), um homem de 36 foi preso no bairro do Santo Agostinho, acusado de estuprar a enteada, uma menina que hoje tem 13 anos. Os abusos teriam começado quando a criança tinha apenas 10 anos. De acordo com a delegada Joyce Coelho, os estupros aconteciam mesmo com a mãe da menor sabendo do caso, chegando inclusive a presenciar uma das vezes o abuso sexual contra a própria filha. A investigação teve início em outubro de 2021, após a menor contar para a família sobre o caso e uma tia materna encaminhar o caso para a polícia.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), a mãe perdoava o abusador e continuava com ele mesmo sabendo do crime cometido contra a filha, o que motivou a menor a denunciar o caso aos familiares. Ela, na época, chegou a conseguir uma medida protetiva contra o padrasto, mas ele seguia em seu convívio social por conta do relacionamento com a mãe da vítima.
A menor contou que na época em que tinha 10 anos, os estupros aconteciam no momento em que a mãe não estava em casa. Posteriormente, ela teve conhecimento do caso, mas optou por continuar com o suspeito, ao invés de proteger a filha. A delegada Joyce informou que os abusos tiveram início logo no início do relacionamento.
“A menor disse que a genitora soube desde o início e que ela teria presenciado um dos atos e mesmo assim ela ‘perdoava’ todas as vezes o marido, foi essa palavra que a adolescente usou, e que continuava a ser abusada”, afirmou a delegada Joyce Coelho,
Por conta disso e da pressão feita para a menor retirar a queixa que o casal fazia, a delegada optou pela prisão. “A própria genitora reteve os documentos dessa adolescente, ela nos procurou essa semana relatando que nem os documentos ela tinha cedido, então nós cumprimos hoje pela manhã esse mandado de medida preventiva”, destacou Joyce Coelho.
O homem agora irá responder pelo crime de estupro de vulnerável, enquanto a mãe – que ainda prestará depoimento – será indiciada por estupro de vulnerável na forma omissiva, por ter presenciado o estupro e não ter levado o caso a polícia.
A mãe da menor, inclusive, está grávida do abusador. Todo o apoio psicológico necessário está sendo oferecido à vítima dos abusos, pois de acordo com Joyce Coelho ela demonstra diversos traumas por conta dos estupros.
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