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Brasil tem dois casos suspeitos de varíola dos macacos

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O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (30) que o Brasil tem dois casos suspeitos de varíola dos macacos, um no Ceará e outro em Santa Catarina. Nenhum caso foi confirmado até o momento.

A secretaria de saúde do Ceará afirmou que a principal suspeita, no entanto, é de varicela (catapora). O paciente mora em Fortaleza, capital do estado, não esteve em nenhum lugar com casos confirmados de varíola dos macacos nem teve contato com pessoas contaminadas.

A secretaria estadual disse que todas as medidas recomendadas foram adotadas, como “isolamento domiciliar, busca de contatos e coleta de material para exames, que está em processamento”.

Em Santa Catarina, o caso em investigação é o de uma mulher de 27 anos que mora em Dionísio Cerqueira, cidade que faz divisa com o Paraná e está na fronteira com a Argentina.

Os sintomas começaram na terça-feira passada (24) e a paciente precisou de internação hospitalar. A secretaria estadual de saúde disse que o centro de vigilância foi notificado na sexta-feira (27).

A mulher teve erupções cutâneas em diferentes partes do corpo, febre, disfagia (dificuldades para engolir), dores musculares, fraqueza e aumento dos gânglios linfáticos.

A secretaria de saúde de Santa Catarina afirmou que a paciente está sendo monitorada pela vigilância do município e aguarda o resultado de exames laboratoriais para outras doenças.

“A paciente iniciou os sintomas em 24 de maio, com o aparecimento de erupções cutâneas agudas do tipo papulovesicular em diferentes regiões do corpo, que foram acompanhadas de disfagia, mialgia, astenia, febre e linfonodomegalia”, afirmou a pasta.

O Ministério da Saúde disse que “está em contato com estados para apoiar no monitoramento e ações de vigilância em saúde”.

Na segunda-feira passada (23), a pasta criou uma sala de situação para rastrear os casos suspeitos e definir o diagnóstico clínico e laboratorial.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações também acompanha o avanço da doença com a ajuda de um grupo de especialistas ligados à UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), à Universidade Feevale e à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Além dessas suspeitas, as secretarias de saúde de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul aguardam até o final desta segunda-feira os resultados de exames de um paciente com sintomas similares ao da doença.

Segundo a SES (Secretaria Estadual de Saúde), porém, ainda não há informações suficientes para considerar o caso como suspeito. Embora os sintomas tenham sido comunicados à vigilância epidemiológica por serem similares ao varíola dos macacos, se trata de um paciente com um diagnóstico pregresso que também poderia causá-los -inclusive as lesões na pele, principal característica da infecção.

Na sexta (27), a Argentina confirmou os dois primeiros casos da doença na América Latina.

A varíola dos macacos é do gênero Orthopoxvirus, o mesmo da varíola, e tem sintomas similares ao dela, embora menos graves. A maioria dos pacientes se recupera em poucas semanas, mas há possibilidade de evolução para casos problemáticos.

O vírus tem duas variantes principais: a cepa do Congo, mais grave e com até 10% de mortalidade, e a da África Ocidental, com mortalidade de 1%.

Segundo especialistas, a transmissão se dá por contato próximo prolongado, não necessariamente sexual. O vírus pode entrar no corpo humano através do trato respiratório ou pelo contato, direto ou indireto, com fluidos contaminados.

Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dores e calafrios.

O surgimento de novos casos de varíola dos macacos no mundo tem levado brasileiros a procurarem pela vacina e por cartões de vacinação antigos.

Em um levantamento feito pela Abcvac (Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas) a pedido do jornal Folha de S.Paulo, 73% dos associados responderam que aumentou a procura por um imunizante. Do total, 25% afirmaram que há “muita” demanda e 48%, que há “alguma” demanda.

Apesar do interesse recente, nenhum imunizante da varíola está disponível nem na rede privada nem no SUS (Sistema Único de Saúde). A vacina parou de ser aplicada no Brasil em 1979 e, em maio de 1980, a Assembleia Mundial da Saúde declarou oficialmente a erradicação da doença.

 

 

Por Thaísa Oliveira/FOLHAPRESS

Foto: Reprodução

Redação por Bernardo Andrade

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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