Avaliação realista de integrantes da campanha de Jair Bolsonaro (PL) é que o movimento de criar um fato político na reta final da campanha, com a alegação de que rádios deixaram de exibir inserções da propaganda do presidente, surtiu efeito contrário ao esperado.
Líderes do Centrão, aliados do presidente, reconhecem que a estratégia evidenciou um discurso derrotista nesta reta final de campanha. Isso porque, caso houvesse um clima de otimismo, não haveria busca por um pretexto para alegar irregularidades nas eleições, faltando apenas quatro dias para a votação. O TSE não abriu a investigação pedida pela campanha, por entender que a alegação de irregularidade não tinha sequer “documentação crível”.
Um experiente aliado de Bolsonaro disse ao blog que, apesar de a cortina de fumaça ter desviado da campanha a contaminação com o caso Roberto Jefferson – que resistiu à prisão atirando na polícia -, o clima criado com a cartada das rádios não trouxe credibilidade nem conquistou a adesão de eleitores esperada pela ala ideológica da equipe bolsonarista.
“Serviu para alimentar a bolha nas redes sociais, mas não serviu para virar votos de indecisos e de eleitores de centro, o que seria fundamental nesta reta final de campanha”, disse ao blog esse interlocutor do presidente.
Redação por Bernardo Andrade
Com informações de G1
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