A Neuralink, que pertence a Elon Musk, o homem mais rico do mundo, está sob investigação federal nos Estados Unidos, segundo informações divulgadas pela agência Reuters. As autoridades americanas querem saber se a companhia do bilionário, que também é dono do Twitter, violou o bem-estar de animais em testes realizados em laboratório.
A Neuralink, uma das empresas mais ambiciosas do portfólio de Musk, atua num ramo pouco convencional. Ela desenvolve chips sem fio para implantes cerebrais. A ideia é usar esses dispositivos para atenuar deficiências neurológicas de pacientes com limitações de movimento, por exemplo.
As investigações, de acordo com a Reuters, foram iniciadas há poucos meses a partir de reclamações de funcionários da Neuralink. Eles alegaram que estariam sendo pressionados para apressar experimentos, o que resultaria em sofrimento e morte desnecessários dos animais usados nos testes.
No fim de novembro, Musk afirmou que o início de exames clínicos dos chips em humanos deveria começar em seis meses. O empresário e a empresa não se manifestaram sobre os fatos relatados pela agência.
Nos últimos meses, Musk tem ocupado o noticiário de forma recorrente – e, não raro, de maneira negativa. Entre as maiores fontes de turbulências está o caso do Twitter.
Musk assumiu o controle da rede social em 4 de novembro. Desde então, anunciou a demissão de 7,5 mil funcionários, fechou escritórios e, num e-mail disparado à meia-noite, exigiu um “empenho hardcore” daqueles que quisessem permanecer em seus postos de trabalho. Passados alguns dias, porém, o corte mostrou-se exagerado.
Musk também reverteu a suspensão permanente à qual ex-presidente americano Donald Trump havia sido submetido no Twitter. Trump fora acusado de incentivar atos antidemocráticos pela rede social. O ex-presidente, contudo, até agora não aceitou a oferta de retorno.
Na última sexta-feira (2/12), contudo, a discussão sobre questões eleitorais no Twitter subiu de tom. E não foi pouco. O próprio Musk compartilhou um post, mostrando como, após uma devassa na rede social, a administração anterior da empresa teria privilegiado o Partido Democrata e Joe Biden na campanha presidencial.
Musk, na ocasião, publicou uma série de reportagens do jornalista Matt Taibbi, na qual ele relata como Twitter suprimiu acusações contra o Hunter Biden, filho do presidente americano, Joe Biden, na eleição de 2020.
Durante a campanha, o jornal New York Post publicou uma reportagem baseada no conteúdo de um computador de Hunter. O texto apontava que o filho do então candidato democrata era suspeito de praticar corrupção em negócios no exterior. À época, a história foi censurado pelo Twitter. Os motivos alegados? “Propagação de fake news” e violação da política relativa a conteúdo de hackers.
Redação por Bernardo Andrade
Com informações de Metrópoles
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