O pastor evangélico Joel Pires Santana, 40 anos, é um dos detidos, nas primeiras horas desta quinta-feira (29/12), durante a Operação Nero, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e pela Polícia Federal (PF). Nascido em Cacoal (RO), o religioso foi preso em Rondônia e participa com frequência dos atos antidemocráticos em Brasília.
As forças de segurança não detalharam a participação de Joel no quebra-quebra do último dia 12/12, que começou na tentativa de invasão da sede da PF. O vandalismo deixou 5 ônibus e 25 carros incendiados, comércios depredados, postos de combustíveis destruídos e até a sede 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) atacada.
As equipes cumprem 32 mandados de busca e apreensão e de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além do DF, a megaoperação é deflagrada simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.
Nas redes sociais, o religioso publicou vídeos em que aparece conduzindo orações durante visitas de bolsonaristas ao Palácio da Alvorada nos últimos dias ou em cima de carros de som ao lado de cantoras gospel.
O pastor também divulga mensagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e críticas às determinações do ministro do STF Alexandre de Moraes.
Casado, Joel aparece instalando antenas de televisão, bem como oferecendo o serviço nas redes. No entanto, a maioria das postagens é de cunho religioso, as quais está conduzindo um culto ou divulgando mensagens de apoio.
Outros detidos
A bolsonarista Klio Hirano foi presa nessa quarta-feira (28/12). Nas mídias sociais, Klio exibe uma série de publicações, vídeos e fotos no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília e em encontro com outros autodenominados “patriotas”.
Outro alvo detido pelas forças policiais é Átila Reginaldo Franco de Melo, 41 anos, que recebeu voz de prisão em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Átila fez campanha para Bolsonaro e chegou a passar pelo acampamento do QG do Exército em Brasília, juntamente com a esposa.
Já Ricardo Yukio Aoyama, 33 anos, não chegou a ser preso, mas sua casa, em Rondônia, foi alvo de busca e apreensão. No imóvel, os agentes encontraram uma pistola.
Conforme investigação da PCDF e da PF, Ricardo teria sido o responsável por comprar combustíveis durante os atos de vandalismo em Brasília.
A investigação — conduzida pela Delegacia de Repressão ao CrimeOrganizado, vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco/Decor) — e pela Polícia Federal revelou que os vândalos estavam acampados em frente ao QG do Exército ou passaram pela concentração de bolsonaristas.
Após análises detalhadas, policiais civis identificaram a participação de cada um dos presos nos atos e detectaram, ainda, três responsáveis por comprar os combustíveis usados na depredação de bens públicos e particulares.
Redação por Bernardo Andrade
Com informações de Metrópoles
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