Dois meses após ter sido “isolado” e não ser conduzido à presidência de nenhuma comissão da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Rodrigo Guedes (PSC) segue inconformado e não faz questão de participar das reuniões nas pastas que compõe apenas como titular. Segundo fontes, o vereador queria comandar a presidência da Comissão de Defesa do Consumidor.

Apesar de ter sido indicado como membro de duas pastas na CMM, Guedes não está satisfeito e quer a titularidade de alguma comissão, que pode lhe dar ainda mais visibilidade.

Nos bastidores, Guedes não esconde sua insatisfação, segundo fontes de diversos gabinetes de vereadores. Rodrigo Guedes ganhou destaque na sua atuação à frente da Secretaria de Defesa do Consumidor (Procon), na gestão do ex-prefeito Arthur Neto (PSDB).

PL polêmico

Procurado pelo O Poder, o vereador não escondeu sua frustração por não ter sido eleito para a presidência de nenhuma comissão. Guedes apontou um projeto de lei, de sua autoria, revogando o aumento salarial dos vereadores, aprovado no ano passado, como a grande causa.

“Só pode ter sido o projeto de lei que revoga o aumento salarial, que eu apresentei dias antes da escolha das comissões. Eu nunca fiz nada de mal para ninguém ali, então acredito que tenha sido esse o motivo de eu ter sido isolado”, desabafou.

Obrigatoriedade

Indignado por não ter sido eleito presidente de nenhuma comissão, Rodrigo Guedes pediu para não ser indicado a participar de nenhuma reunião, nem como titular ou suplente.

Contudo, um artigo do regulamento interno da Câmara Municipal de Manaus (CMM) obriga que os vereadores participem de pelo menos duas comissões da casa. Guedes é titular da Comissão de Cultura e Patrimônio Histórico.

Acordos

O vereador afirmou que não houve disputa pelas presidências (não houve mais que um candidato) e que devem ter ocorrido acordos para que os presidentes tenham sido escolhidos.

Álik Menezes, para O Poder

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