Para intensificar o combate às queimadas e o desmatamento ilegal na região metropolitana de Manaus e nos municípios do Sul do Amazonas, o governador Wilson Lima (PSC) entregou nesta segunda-feira, 16, equipamentos e ampliou o efetivo da segunda fase da operação Tamoiotatá. A entrega aconteceu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na avenida André Araújo, bairro Petrópolis, Zona Sul.
Wilson Lima afirmou que o Amazonas vai agir com rigor contra os crimes ambientais. Nessa fase da operação, o Governo do Amazonas está investindo mais de R$ 13 milhões, além de recursos do governo federal e do banco alemão WFK, num montante de R$ 40 milhões.
“Estamos ampliando o trabalho de brigadistas e tecnologia para combater as queimadas. Tem muita gente agindo na ilegalidade grilando terra e prejudicando quem está produzindo e tenta se regularizar. Sabemos a importância da floresta para o Brasil e o mundo, por isso há a necessidade de agir de forma firme e pesada contra quem vem de outas áreas do Brasil causar queimadas”, enfatizou
O governador destacou os municípios de Lábrea, Boca do Acre e Apuí, no Sul do Amazonas, onde, nessa época do ano, aumentam as queimadas. Os locais vão receber viaturas, carros de bombeiros e o aumento do número de brigadistas, atualmente de 20, passando para mais de 300.
“Estamos investindo em tecnologia como nunca se viu no Amazonas. Vamos atuar com drones, que são uma tecnologia inovadora, que identifica em tempo real os focos de queimadas. Sabemos da importância que tem o Sul do Amazonas para a produção de grãos e pecuária. Vamos separar o joio do trigo para que as pessoas que trabalham de forma correta estejam dentro da legalidade”, afirmou.
Regulamentação fundiária
Wilson Lima afirmou ainda que a segunda fase da Operação Tamoiotatá não tem apenas o caráter repressivo, mas também de conscientização e regulamentação dos produtores rurais.
“Hoje estamos dando um passo importante no combate à criminalidade, mas parte dessa estrutura será para avançarmos na regulamentação fundiária. O direito que a pessoa possa ter o documento do seu terreno, fazer empréstimo e ter o documento das suas terras para aqueles que estão produzindo riquezas para o Amazonas. Hoje damos uma resposta para aqueles que insistem em não cumprir a legislação, invadindo as terras do Amazonas para devastar e empobrecer a população”, ressaltou.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, falou sobre as medidas de lançamento. “Com essa operação, aumentamos o número de pessoas para termos uma resposta mais rápida. Hoje lançamos também o programa de brigadistas que serão 200 no Sul do Estado. Serão 12 municípios alcançados, com prioridade em Lábrea, Apuí e Boca do Acre, que são os três com mais focos de calor”, explicou.
Balanço
O secretário de Segurança Pública (SSP), general Carlos Alberto Mansur, fez um balanço da primeira fase da Operação Tamoiotatá, deflagrada ema abril deste ano para combater o desmatamento e queimadas no Sul do Amazonas, que representa 72% do Estado.
“Agora, nesse período de estiagem, temos a maior incidência de queimadas e, por isso, estamos lançando a segunda fase da operação Tamoiotatá. A primeira fase termina com muitas atividades e tivemos a emissão de 31 mil termos dos embargos, 21 horas de apoio com drones, mais de 33 mil quilos de carvão vegetal recolhido, madeira ilegal apreendida e mais de R$ 312 milhões de multas. As ações foram intensas e tivemos os resultados apresentados. A Operação também traz tônica nas ações de regulamentação fundiária e educação”, ressaltou.
Augusto Costa, para O Poder
Foto: Divulgação
Edição e Revisão: Alyne Araújo e Henderson Martins