Chile, Israel e diversas grandes economias europeias, como Reino Unido, França e Alemanha, registraram crescimento vigoroso no terceiro trimestre de 2021.
Já países como EUA, China e Coreia tiveram desempenho próximo da estabilidade no período, marcado por aumento da inflação e gargalos na oferta de insumos em toda a economia global, além de problemas sanitários ainda relacionados à pandemia.
De acordo com dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para cerca de 30 países que já divulgaram o PIB (Produto Interno Bruto) no período, foram poucos os que fecharam o período no vermelho, como México, Indonésia e Japão.
O PIB do Brasil caiu 0,1% no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores, informou nesta quinta-feira (2) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O indicador está no patamar do fim de 2019 e início de 2020, segundo o instituto, e ainda 3,4% abaixo do ponto mais alto da atividade na série histórica, no primeiro trimestre de 2014.
Considerando um período mais amplo para avaliação, desde o final de 2019, trimestre anterior ao da decretação da pandemia, 17 desses países já se recuperaram, com destaque novamente para o Chile.
Apesar do bom desempenho econômico, o país sul-americano vive uma crise política.
Por outro lado, 11 economias ainda estão abaixo do patamar pré-crise. Entre elas, Alemanha, Itália, Reino Unido, Japão, Portugal e Espanha, que ainda enfrentam desafios no aspecto sanitário. Os Estados Unidos apresentam crescimento de 1,4%, 12ª posição nesse ranking.
A OCDE ainda não possui dados para a China nesse tipo de comparação. No terceiro trimestre, o país asiático cresceu apenas 0,2% em bases trimestrais, prejudicado por uma combinação de escassez de energia, gargalos de fornecimento, surtos de Covid e tensões no setor imobiliário.
Projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) mostram que a economia global deve crescer 5,9% neste ano e 4,9% em 2022, após a queda de 3,1% verificada em 2020.
O Brasil deve continuar com performance abaixo da média mundial, com projeção de crescimento de 5,2% neste ano e 1,5% no próximo, segundo o Fundo.
Por Eduardo Cucolo e Leonardo Vieceli/FOLHAPRESS
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Redação por Bernardo Andrade