Vinicius Jr., 21, do Real Madrid, nem sempre convocado para a seleção brasileira, tem valor de mercado correspondente ao triplo do de Neymar, 29, do Paris Saint-Germain e intocável da equipe comandada por Tite.
De acordo com estudo divulgado pelo Cies (Centro Internacional de Estudos Esportivos), Vini Jr., que vive excelente fase na equipe espanhola, vale € 166,4 milhões (R$ 1,075 bilhão).
O ex-flamenguista ocupa o topo do ranking, divulgado semestralmente pela instituição suíça fundada em 1995.
O badalado Neymar, que em 2017 foi vendido pelo Barcelona por € 222 milhões (recorde até hoje em uma negociação), ocupa a 83º colocação, com valor de € 56,1 milhões (R$ 362,4 milhões).
O camisa 10 do PSG e da seleção brasileira não teve um 2021 grandioso, e seu ano futebolístico encerrou-se com nova lesão, no fim de novembro, no tornozelo, que o mantém afastado do futebol.
O jogador que um dia almejou ser o melhor do mundo -feito que parece a cada dia mais inatingível- não apenas não é o mais valioso do Brasil como, no ranking nacional, está posicionado atrás de outros cinco compatriotas, além de Vini Jr.
À frente de Neymar na lista do Cies estão o atacante Gabriel Jesus, 24, do Manchester City (28º, € 88,2 milhões), os zagueiros Éder Militão, 23, do Real Madrid (39º, € 78,6 milhões), e Marquinhos, 27, do PSG (66º, € 60,9 milhões), e os goleiros Alisson, 29, do Liverpool (74º, € 57,4 milhões), e Ederson, 28, do Manchester City (81º, € 56,2 milhões).
No top 100 do estudo, que inclui somente os jogadores que atuam nas cinco principais ligas do planeta (Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália), há mais um brasileiro, o meia Lucas Paquetá, 24, do Lyon, na 90ª posição (€ 55 milhões).
O levantamento do Cies é baseado em um modelo matemático, cujas regras foram detalhadas em publicação no jornal científico Economies, sediado na Basileia.
Leva-se em consideração para o cálculo do valor de cada jogador uma série de variáveis, como idade, experiência, gols, dribles e tempo para o fim do contrato.
O segundo jogador mais valioso é o atacante inglês Phil Foden, 21 (€ 152,6 milhões); o terceiro, o centroavante norueguês Erling Haaland, 21 (€ 142,5 milhões); o quarto, o atacante inglês Mason Greenwood, 20 (€ 133,9 milhões); e o quinto, o meia-atacante alemão Florian Wirtz, 18 (€ 133 milhões).
Se esse ranking fosse usado para escalar um time, ele seria: Donnarumma (Itália); Alexander-Arnold (Inglaterra), Rubén Dias (Portugal), Upamecano (França) e Davies (Canadá); Bellingham (Inglaterra), Wirtz (Alemanha) e Pedri (Espanha); Foden (Inglaterra), Haaland (Noruega) e Vini Jr. (Brasil). Média de idade: 21 anos.
A equipe reserva teria esta formação: Alisson (Brasil); Hakimi (Marrocos); Eric García (Espanha), Gvardiol (Croácia) e João Cancelo (Portugal); De Jong (Holanda), Bruno Fernandes (Portugal) e Mount (Inglaterra); Greenwood (Inglaterra), João Félix (Portugal) e Sancho (Inglaterra). Média de idade: 23 anos.
O jogador mais jovem a figurar entre os 100 de maior valor de mercado é o espanhol Gavi, 17, meia do Barcelona (€ 55,8 milhões), e o mais velho, De Bruyne, 30, do Manchester City (€ 54,6 milhões) -o belga é o único trintão desse recorte.
Na divisão por continentes, a Europa tem 77 atletas, a América do Sul, 13 (oito do Brasil, três da Argentina e dois do Uruguai), a América do Norte, 6 (quatro dos EUA e dois do Canadá), a África, 3 (o marroquino Hakimi, o egípcio Salah e o nigeriano Osimhen), e a Ásia, 1 (o sul-coreano Son).
As nacionalidades mais bem representadas são Inglaterra (19 jogadores dos 100 mais valiosos), Espanha (10), Alemanha, França e Brasil (8 cada um), Portugal (7) e Itália (5).
O argentino Messi, 34, e o português Cristiano Ronaldo, 36, muito provavelmente devido à idade já avançada para futebolistas, não estão no top 100.
Os editores da pesquisa do Cies são os doutores em ciências humanas Raffaele Poli e Roger Besson, o doutor em geografia Loïc Ravenel e o cientista de dados Thomas Gonzalez.
Por Luís Curro/FOLHAPRESS
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Redação por Bernardo Andrade