A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga 30 possíveis casos de estupro de pacientes que teriam sido vítimas do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele foi preso em flagrante na segunda-feira (11) ao ser flagrado em vídeo estuprando uma mulher grávida enquanto ela estava dopada para passar por uma cesárea no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A delegada Bárbara Lomba, que investiga o crime, afirmou em entrevista à imprensa que os 30 possíveis casos de pacientes violentadas por Quintella “são relatos ainda”. Na quarta-feira (13), o material hospitalar recolhido na sala de cirurgia em que o médico trabalhava foi encaminhado ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli para perícia. A suspeita é de que o médico usava gazes para limpar os vestígios do estupro do rosto das parturientes. Relatos de funcionários do Hospital da Mulher indicam que ele dava mais anestésicos do que o necessário para facilitar o abuso de suas vítimas.
O Hospital Estadual da Mãe de Mesquita, localizado também na Baixada Fluminense, afirmou que Bezerra acompanhou mais de 20 cirurgias no local. A polícia investiga se também nesses casos ele teria usado medicamentos em excesso ou desnecessários.
Na tarde de terça (12), o anestesista passou por audiência de custódia e a Justiça converteu sua prisão em flagrante em prisão preventiva. Na sequência, policiais o encaminharam para o presídio Bangu 8. Segundo a TV Globo, outros detentos protestaram sacudindo grades, vaiando e xingando o anestesista quando ele chegou ao local.
A Polícia Civil apreendeu o telefone do médico, medicamentos utilizados por ele e uma gaze que pode conter seu material biológico, que passarão por perícia.
Conteúdo de Nexo Jornal
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