A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na quinta-feira (25/8), autorizou o Ministério da Saúde a importar o imunizante e o antiviral contra a varíola dos macacos. A princípio, o imunizante será destinado apenas a profissionais da saúde.
Os fármacos ainda não têm registro junto ao órgão regulador. No entanto, devido à emergência internacional de saúde pública, a Anvisa autorizou a dispensa do registro, que foi solicitada pelo Ministério da Saúde no início desta semana.
A vacina importada pelo governo será a Jynneos (nomenclatura norte-americana)/ Imvanex (nomenclatura europeia). Apesar de ter nomes diferentes nos Estados Unidos e na Europa, o produto é o mesmo.
Desenvolvido pela Bavarian Nordic A/S e fabricado na Dinamarca e Alemanha, o fármaco destina-se a pacientes a partir dos 18 anos de idade. O prazo de validade é de 60 meses, se as doses forem armazenadas em temperatura entre -60°C e -40°C.
O Ministério da Saúde aguarda o envio de 50 mil doses da vacina, adquiridas pelo fundo rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O imunizante, aplicado em dose dupla, será reservado a 25 mil profissionais de saúde que têm contato direto com o vírus. Não há previsão de vacinação da população geral.
Além da vacina, a Anvisa também aprovou a importação do tecovirimat, antiviral indicado para tratamento de doenças causadas por ortopoxvírus (como o da monkeypox) em adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 kg.
O governo solicitou à Opas a compra de 10 doses do remédio para tratamentos de casos graves, e aguarda a negociação para aquisição de outras 50 unidades.
A pasta federal da Saúde também negocia o transporte de 12 unidades doadas pelo laboratório produtor, e está em tratativas para compra de mais 504 doses do medicamento.
Boletim
O último informe do Ministério da Saúde, divulgado na quinta-feira (25/8), aponta que o país tem 4.216 casos confirmados de varíola dos macacos. O estado com maior número de registros é São Paulo, com 2.640 pacientes.
Em seguida, aparecem o Rio de Janeiro, com 5.740 registros, e Minas Gerais, com 228. A capital mineira também registrou a única morte pela doença no Brasil. Trata-se de um homem de 41 anos, que morreu em julho. Ele tinha diversas comorbidades e tratava um câncer, situações que agravaram o quadro da infecção pela monkeypox.
Fonte: Metrópoles
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Redação por Bernardo Andrade