Manaus | Segunda-feira
Teve início, nesta segunda-feira (18/19), a programação da colônia de férias “De férias sim, na rua não”. A iniciativa faz parte do projeto “Sinaleiras”, iniciativa interinstitucional e intersetorial de combate ao trabalho infantil e que envolve 13 órgãos do Governo do Estado, quatro órgãos municipais, o Ministério Público do Trabalho e associações beneficentes que atuam na causa da criança e do adolescente em Manaus.
As atividades irão ocorrer até o dia 26 de janeiro de 2018, na Escola Estadual Gilberto Mestrinho, bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste da capital. A primeira edição vai atender 237 pessoas, entre as quais 166 crianças e 71 familiares. Elas terão acesso a serviços nas áreas de assistência social, saúde, educação, geração de renda, lazer e cultura.
“Neste grande projeto, o Governo do Estado busca tirar essas crianças e adolescentes do trabalho infantil nas sinaleiras. Hoje, também começamos o trabalho de identificação dos pais deles e vamos buscar lhes dar oportunidades, seja por meio do encaminhamento para um trabalho, seja para qualificação profissional”, explicou o coordenador do Sine Amazonas, Arilson Vieira.
“Este programa me deu um incentivo muito grande, pois além de tirar os meus dois filhos mais velhos das sinaleiras eu ainda vou ter uma oportunidade de trabalhar, me torna uma profissional”, disse a dona de casa Adenira Monteiro, 38, mãe de sete filhos.
Incentivo – Para o coordenador de esportes da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), Mike Moraes, trata-se de uma excelente oportunidade para que essas crianças e adolescentes não fiquem ociosas em casa ou nas ruas. “Acreditamos que elas só precisam canalizar a sua energia em algo que as favoreçam”.
Trabalhando desde os 10 anos de idade nas sinaleiras da capital para ajudar a mãe em casa, Bruno Lima, hoje com 16 anos, foi um dos beneficiados pelo projeto. “Eu quis sair das ruas porque eu gostei de verdade do projeto. Quis fazer parte dele, principalmente das aulas de informática, acho que vai ser muito bom para mim”, disse Bruno.
Fonte: Secom
Redação Por Natália Dantas