O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pretende usar a COP-27 para marcar o contraste com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) que chegou, inclusive, a desistir de sediar a conferência anterior no Brasil, em 2019. Derrotado nas urnas, o atual mandatário nunca participou presencialmente da cúpula. O governo, porém, enviará uma comitiva. Entre representantes oficiais e sociedade civil, o Brasil tem uma das maiores delegações do evento neste ano, com mais de 500 pessoas.
A assessoria do presidente eleito divulgou a agenda em solo egípsio, a partir de quarta-feira. Às 11h (horário local), 6h horário de Brasília, ele participa da mesa “Carta da Amazônia uma agenda comum para a transição climática”, ao lado dos governadores do Amapá, Antônio Waldez Góes da Silva; do Acre, Gladson de Lima Cameli; de Mato Grosso, Mauro Mendes; do Pará, Helder Barbalho; do Tocantins, Wanderlei Barbosa; e de Rondônia, Marcos Rocha, seis dos nove estados que compõem o Consórcio Amazônia Legal. Wilson Lima (Amazonas), Carlos Brandão (Maranhão) e Antônio Denarium (Roraima) serão representados por secretários estaduais.
Segundo a programação do encontro, os seis governadores participarão de um painel para discutir o papel do financiamento par a redução de emissões na região amazônica, que também contará com diplomatas, especialistas e outras autoridades. Logo depois, os governadores concederão entrevista à imprensa internacional credenciada para cobrar a conferência.
Zona Azul
O destaque da agenda do presidente eleito está marcado para às 17h15 (12h15 em Brasília). Ele fará um pronunciamento oficial na Zona Azul do evento, reservada para a ONU, onde ocorrem também os encontros entre chefes de Estado e lideranças mundiais. Lula deve discursar sobre a importância da conservação ambiental e sobre as políticas que pretende adotar à frente do Executivo a partir do ano que vem, visando, especialmente, à cooperação com autores internacionais.
Com informações do Correio Braziliense
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