Manaus | 16 de Novembro de 2018 (Sexta-Feira)
A Nova Zelândia através de um novo tipo de vacina que ajudou a erradicar uma doença infecciosa letal que atingia crianças, foi descoberto um século depois, que a mesma vacina pode ser crucial no combate a doença sexualmente transmissível (DST), a gonorreia.
A descoberta foi feita por cientistas do País do Pacífico Sul, reforçando otimismo que a doença de rápida propagação seja retardada com uma vacina já existente no mercado.
A gonorreia não é uma doença letal, porém pode-se tornar incontrolável devido à sua resistência a antibióticos. O número de casos aumentou de 19% nos Estados Unidos no ano de 2017.
Os médicos relatam que algumas bactérias de gonorreia estão se comportando como infecções relacionadas que persistem na garganta, por onde os germes podem se espalhar clandestinamente através do beijo. E por isso, é necessário encontrar imediatamente novas formas de acabar com o flagelo.
De acordo com o vacinologista da Universidade de Auckland, Helen Petousis- Harris, que trabalhou com colegas para mostrar pela primeira vez que uma vacina contra meningococo B customizada estava associada à proteção contra a DST, foi aberto programa de trabalho que precisa ser cumprido, havendo muitas perguntas a serem respondidas.
Os cientistas especulam que essa vacina usada na Nova Zelândia, foi pensada para estimular os anticorpos contra uma característica adicional comum de ambos os germes chamada de vesículas da membrana externa, sendo assim, diferente das outras vacinas, tornando-se uma importante fonte de proteção cruzada.
Ainda não há certeza de como essa proteção cruzada poderá funcionar e nem por quanto tempo. Em entrevista ao telefone para a Bloomberg, Leah Vicent, cientista do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas garante que “Bexesero pode não ser a resposta exata, mas estamos no ponto mais próximo em muito tempo de uma resposta para uma vacina contra a gonorreia”.
Fonte: Bloomberg.
Foto: reprodução.
Redação por Ana Flávia Oliveira.