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Saúde | O autoexame da mama não substitui o exame clínico, segundo Ministério da Saúde

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Manaus | 19 de Abril de 2019 (Sexta-feira)


O Ministério da Saúde juntamente com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), alertou sobre o autoexame feito nas mamas, afirmando que esse método é considerado como um auxílio para conhecer o próprio corpo, mas não substitui o exame clínico das mamas.

O presidente da SBM, Antônio Frasson, explica que o autoexame em países mais desenvolvidos já deixou de ser recomendado há mais de dez anos por não ser capaz de descobrir tumores de até 1 centímetro.

“O autoexame não é capaz de identificar lesões pré-malignas, lesões muito pequenas, antes de se tornarem câncer, propriamente dito, ou seja, não consegue descobrir as lesões quando elas podem ser tratadas mais facilmente”, afirma Frasson.

Ainda de acordo com ele, o autoexame só é preconizado onde não existe mamografia ou outro método de diagnóstico. Um exemplo citado por Frasson é a Europa e os EUA, que não recomendam mais o autoexame.

Pesquisa Online

A SBM ainda informa que a falta de informação sobre o câncer de mama atrapalha o diagnóstico e o tratamento. Para facilitar a informação para a sociedade sobre a doença, através de uma pesquisa online.

Por meio de um questionário, os profissionais buscam saber se as mulheres confiam no autoexame como uma maneira de prevenir a doença. Além também de identificar gargalos que atrasam o acesso aos mamógrafos e o tempo que a paciente pode ter de esperar entre a confirmação e o início do tratamento. Esse tempo, não pode passar de 60 dias por determinação legal.

Para participar, é preciso ser mulher, ter mais de 18 anos e cerca de dez minutos disponíveis. O resultado deve ser anunciado até o fim deste mês. O questionário está no link: https://lnkd.in/d343z9W .

“Temos alguns levantamentos brasileiros mostrando que no sistema público os tumores são diagnosticados de forma tardia e que, quando existe uma queixa, de nódulo na mama, ou existe queixa de alteração no seio, há uma demora no diagnóstico. As mulheres têm dificuldade de marcar mamografia, biópsia, agendar consulta com especialistas. Então, queremos entender, em diferentes regiões e perfis de pacientes, aprender, como agilizar as duas etapas”, explica o médico.

Recomendações

O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) confirmam a orientação da SBM sobre o autoexame. Orientam a mulher a apalpar as mamas sempre que se sentir confortável, a qualquer tempo, sem nenhuma recomendação técnica específica ou periódica.

Os dados oficiais mostram que é mais comum mulheres identificarem caroços no seio casualmente (no banho ou na troca de roupa) do que no autoexame mensal. A mudança, de acordo com o ministério, surgiu do fato de que, na prática, muitas mulheres descobriram a doença a partir de uma observação casual e não por meio de uma prática sistemática de se autoexaminar.

Outra recomendação é que mesmo sem sintomas, mulheres a partir dos 40 anos façam anualmente o exame clínico das mamas e aquelas entre 50 e 69 anos, no caso de baixo risco, se submetam a mamografia, pelo menos, a cada dois anos.

Esta periodicidade leva em conta benefícios e riscos da mamografia, que é um raio-X capaz de identificar tumores pequenos. Já mulheres consideradas de alto risco devem procurar acompanhamento individualizado. Este grupo inclui aquelas com história familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau antes dos 50 anos.

Foto: Reprodução.

Fonte: Agência Brasil.

Redação por Ana Flávia Oliveira.

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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