Manaus | 25 de Março de 2019 (Segunda-feira)
O italiano Cesare Battisti, de 64 anos, extraditado em janeiro do Brasil para a Itália, assumiu ter participado de assassinato de quatro pessoas nos anos de 1970. O depoimento foi dado na presença do procurador-geral de Milão, Francesco Greco, no Ministério Público.
Além de admitir os crimes, Battisti ainda pediu desculpas aos parentes das vítimas.
O italiano foi capturado em 12 de janeiro enquanto caminhava pela rua em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A prisão se deu por conta de uma parceria de agentes bolivianos e italianos com apoio de brasileiros.
No Brasil desde o ano de 2004, Battisti foi preso três anos depois. O governo da Itália pediu sua extradição, aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, em dezembro de 2010, no último ano de seu mandato, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que o italiano deveria ficar no país e o ato foi conformado pelo STF.
Desde a campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a extradição de Battisti. Ao assumir o poder, ele reiterou sua determinação em capturar e enviar para a Itália para o cumprimento da pena.
De acordo com informações, durante o seu depoimento, o italiano informou que se envolveu nos atos políticos por acreditar que aquela era uma “guerra justa”. Ele foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas durante os anos de 1970.
Na época, Battisti integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas. Até então ele afirmava ser inocente.
O procurador Francesco Greco disse que Battisti admitiu “suas responsabilidades” em quatro assassinatos, no ferimento de três pessoas e na participação de roubos.
Foto: Reprodução/ Veja.
Fonte: Agência Brasil *Com informações da RAI, emissora pública de televisão da Itália.
Redação por Ana Flávia Oliveira.