Manaus | 09 de Maio de 2019 (Quinta-feira)
O ex-presidente Michel Temer, deverá se apresentar nesta quinta-feira (09) à Polícia Federal, após o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), com sede no Rio de Janeiro, suspender os habeas corpus de Temer e do coronel João Baptista Lima Filho, que os mantinham em liberdade.
Na noite de ontem (08), Temer chegou a se pronunciar com a imprensa em São Paulo e garantiu que vai se apresentar à PF. Ontem foi feito o julgamento do mérito dos habeas corpus pela 1ª Turma Especializada do TRF2.
O advogado do ex-presidente, Eduardo Pizarro Carnelós, informou que, assim que terminou a audiência, irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Também informou que Temer se apresentará espontaneamente à Justiça nesta quinta, em São Paulo.
“Só posso lamentar, porque considero uma injustiça. Não há fundamentos”, disse Carneló. Para o advogado, a decisão do tribunal levou em conta o que chamou de “dar um exemplo à sociedade”, mas, segundo ele, não há risco à ordem pública.
A defesa do coronel Lima saiu sem comentar a decisão da Justiça.
Entenda o caso
Temer e coronel Lima foram presos durante a Operação Descontaminação, no dia 21 de março, porém ambos foram soltos quatro dias depois, no dia 25, em uma decisão liminar do desembargador Ivan Athié, que integra a 1ª Turma do TRF2 com mais dois desembargadores, Abel Gomes e Paulo Espírito Santo.
As defesas de Temer e do coronel Lima solicitaram que eles possam se apresentar à Justiça, sem serem capturados. Abel Gomes disse que vai expedir novos mandados de prisão e que os dois poderão se apresentar nos locais em que preferirem.
O ex-presidente foi preso preventivamente junto com o ex-ministro e outros acusados de integrar uma quadrilha que cometeu crimes de corrupção relacionados à construção da Usina Nuclear Angra 3.
A pedido da defesa, após ser preso, Temer foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O ex-ministro Moreira Franco estava preso no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói.
As prisões foram determinadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que julga os processos relacionados à Lava Jato no Rio de Janeiro.
Foto: Ueslei Marcelino/ Reuters.
Fonte: Agência Brasil *ColaboraramVinícius Lisbôa e Vladimir Platonow.
Redação por Ana Flávia Oliveira.