Manaus | 07 de Junho de 2019 (Sexta-feira)
De janeiro a abril deste ano, 122 idosos foram vítimas de estelionato, correspondendo a um aumento de 23,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados 99 casos do crime contra pessoas da terceira idade, em Manaus.
“Mesmo que tenha alguma dificuldade quando estiver utilizando o caixa eletrônico, a orientação é que não aceitem ajuda de estranhos. O ideal é que quando um idoso vá fazer algum tipo de transação bancária, sempre vá acompanhado de um familiar ou uma pessoa de sua confiança. Muitos idosos têm vida independente, andam sozinhos, mas devem buscar se proteger, não aceitando informações ou até a aproximação de estranhos”, alertou a delegada e titular da Delegacia Especializada em Crimes contra o Idoso (Decci), Andrea Nascimento.
Vale ressaltar que os idosos que foram vítimas de estelionato ou de outros crimes, podem registrar os casos na Delegacia do Idoso, localizada na Rua 23, s/nº, Parque 10, na zona centro-sul da capital. Denúncias também podem ser feitas no número (92) 3214-5800 – número direto da Especializada – ou no 181, o disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).
Golpes
Segundo os dados da Decci, os principais tipos de golpes contra idosos são as abordagens nas proximidades de caixas eletrônicos ou também outros golpes como o “baluda” e o bilhete premiado”.
O golpe do bilhete premiado consiste na aproximação do infrator ao idoso e informa que possui um “bilhete lotérico premiado” e que precisa daquele valor urgente e não pode esperar para receber o prêmio. Com esse argumento, o infrator vende o falso bilhete premiado por um valor abaixo do suposto prêmio e concretiza o estelionato.
Já no “golpe da baluda”, o infrator coloca uma nota de dinheiro envolta de vários papéis do mesmo formato e tamanho, compondo um bloco de papel que imita uma grande quantia de dinheiro e o deixa cair no chão, próximo do idoso. O idoso, na tentativa de ajudar, sem saber que se trata de um golpe, acaba pegando o bloco de papel e o entrega para o infrator que finge ser um cidadão comum.
“Neste momento, o infrator age como se fosse dar uma recompensa para o idoso e pede para segurar a sua bolsa ou seus pertences e concretiza o golpe: ou consegue retirar dinheiro, documentos de dentro da bolsa ou apenas sai correndo com a bolsa”, contou a titular da Decci, Andrea Nascimento.
A delegada orienta os idosos a não pegar, em hipótese alguma, papeis caídos no chão que pareçam ser dinheiro em espécie. “Informe alguém que o dinheiro caiu e saia. Não aceite nenhum tipo de possível recompensa pelo ato. Isso é um golpe muito antigo, mas do qual muitas pessoas ainda não têm conhecimento”, disse.
Foto: Erlon Rodrigues/ SSP-AM.
Fonte: Com informações da Assessoria.
Redação por Ana Flávia Oliveira.