Manaus | 18 de Junho de 2019 (Terça-feira)
O site The Intercept Brasil, divulgou na noite desta terça-feira (18), novas mensagens de autoria do ex-juiz federal Sergio Moro ao procurador Deltan Dallagnol, no dia 13 de abril de 2017, um dia depois após a veiculação de uma reportagem do Jornal Nacional sobre a citação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nas delações da Odebrecht.
Assim como todas as conversas anteriores, o aplicativo de mensagens Telegram foi utilizado pelo atual ministro da Justiça e Segurança Pública, em um chat privado a Dallagnol questionando a veracidade da reportagem.
“Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?”, perguntou Moro, “Caixa 2 de 96?”, continuou. Dallagnol respondeu que a princípio sim, “o que tem é mto fraco” então Moro questiona novamente, “Não estaria mais do que prescrito?”.
O procurador afirma que foi encaminhado para São Paulo sem análise da prescrição, e ainda supõe que tal ação poderia ter sido feita de “propósito”, “Talvez para passar recado de imparcialidade”.
“Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante’’, alega Moro demonstrando confiança em FHC.
Ainda de acordo com o site, novas conversas já realizadas no dia 17 de novembro de 2015 no grupo do aplicativo Telegram denominado ‘FT MPF Curitiba 2′ mostram o interesse de procuradores em adquirir informações sobre os pagamentos da Odebrecth ao instituto Lula e FHC, “porra bomba isso”, declarou o procurador da Lava Jato, Paulo Galvão.
As mensagens foram trocadas por Paulo Galvão, Roberson Pozzobon e Laura Tessler. Porém ao decorrer da troca de mensagens, um dos procuradores, Diogo Castor de Mattos questionou se isso não poderia ajudar na defesa de Lula, “Mas será q não será argumento pra defesa da lils dizendo q eh a prova q não era corrupção?”.
Confira as conversas na íntegra divulgadas pelo site The Intercept Brasil, clicando aqui.
Foto: ADRIANO MACHADO/REUTERS.
Fonte: The Intercept Brasil.
Redação por Ana Flávia Oliveira.