Manaus | 28 de Junho de 2019 (Sexta-feira)
Um bebê com apenas 21 dias de vida, identificada como Aylla Vitória Cunha de Souza, morreu após esperar por 11 horas por um atendimento médico no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, no Rio de Janeiro.
De acordo com o pai da menina, Geovane Barbosa de Souza, ele acompanhado da esposa, chegou ao hospital com Aylla por volta das 9h e ficaram sem atendimento médico até as 19h. Eles ainda chegaram a ser orientados por uma enfermeira que iriam “morfar” ali pois não tinham como atender, devido a uma troca de plantão.
“Fomos para casa, conseguimos dinheiro para ir para outro hospital. mas temos outros filhos e deixamos para o dia seguinte, pois estava tendo tiroteio e não conseguimos sair. Ela se alimentou, mamou, a minha mulher colocou ela para arrotar e ela vomitou. Acabou que ela dormiu, quando deu 3h percebemos que ela estava sem vida”, informou Geovane.
O ajudante de pedreiro relatou que ainda retornaram ao hospital, por volta das 4h de quinta-feira (27), onde novamente ficaram esperando.
“Não sei nem a causa da morte da minha filha. Só às 9h alguém desceu e me deu a papelada para preencher para retirar o corpo da minha filha. Nem o prontuário não querem me dar. Eles são obrigados a me darem o prontuário. A polícia disse que eles tem a obrigação de me dar”, lamentou Geovane.
Os pais da bebê registraram o caso na 39ª DP (Pavuna).
Resposta
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os responsáveis da bebê chegaram no hospital por volta das 11h e receberam todos os atendimentos médicos necessários, “O médico avaliou a recém-nascida e solicitou transferência para uma emergência pediátrica”.
Além disso, a SMS também alegou que “segundo relatos do hospital, familiares já haviam levado Ayla para casa, contrariando as orientações médicas”, versão diversas vezes apontada como falsa pelos pais que pediram registros de câmeras para comprovar o caso.
Foto: Reprodução.
Fonte: O Dia.
Redação por Portal Pontual.