Manaus | 22 de Julho de 2019 (Segunda-feira)
Na última quarta-feira (17), o Hospital Municipal Raul Sertã, em Nova Friburgo (RJ), devolveu um rim dentro de uma garrafa plástica para o familiar de um paciente, após quatro meses de demora na realização de uma biópsia. Na garrafa ainda continha o rótulo “polpa de maracujá”.
A esposa do paciente, a costureira Maristher Fukuoka, de 56 anos, discutiu com os funcionários da unidade devido a demora da entrega do exame e então, recebeu de volta o órgão removido do paciente, o mecânico Sebastião Mory, de 62 anos.
Na ocasião, a mulher descobriu que o exame sequer tinha ocorrido.
A costureira relatou que o marido sofre com dores nos rins desde o início do ano, ele chegou a ser internado no hospital em março, foi então que o órgão foi retirado no dia 20, devido a um tumor encontrado, o exame seria para informar se o caso era maligno ou benigno.
Após diversas idas e vindas ao hospital para saber sobre o resultado do exame, um funcionário telefonou para Maristher e informou que na verdade não existia exame algum, mesmo sendo registrado no hospital que o órgão foi encaminhado para o Rio no mês de março.
A mulher ficou indignada com tanto descaso e foi para o hospital pedir esclarecimentos sobre o caso, após diversas negações de funcionários, um deles apareceu com a garrafa plástica contendo o rim e entregou a Maristher, afirmando que ela poderia encontrar laboratórios privados para realizar o exame.
Agora, Maristher e seu marido estão no aguardo do resultado já feito em laboratório particular e confirmou que já contratou um advogado para processar o hospital.
Resposta
Em nota, a Prefeitura de Nova Friburgo alegou que as peças de biópsia “são normalmente armazenadas em recipientes plásticos comuns, após serem devidamente higienizados e esterelizados”.
“O Hospital Municipal Raul Sertã está com uma demanda reprimida na realização das biópsias devido ao desligamento do profissional que, até então, realizava o serviço. Tão logo possível, a Municipalidade providenciou a contratação de um novo profissional (que já está atuando) para efetuar este tipo de procedimento. Sendo assim, a tendência é que, em breve, este tipo de serviço esteja normalizado na unidade”, informou.
Foto: Reprodução.
Fonte: MSN Brasil.
Redação por Portal Pontual.