Manaus | 25 de Julho de 2019 (Quinta-feira)
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou por meio de nota que a Polícia Federal (PF) comunicou que os aparelhos celulares usados pelo presidente Jair Bolsonaro, além de várias autoridades públicas, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, foram alvos de invasão de hackers.
“Aparentemente, mil números telefônicos diferentes foram alvo desse mesmo modus operandi dessa quadrilha. Há possibilidade, ainda não temos uma identificação e nem começamos a fazer isso, mas há possibilidade de um número muito grande de possíveis vítimas desse mesmo tipo ataque que está sendo investigado agora”, disse o coordenador geral de Inteligência da PF, João Vianey Xavier Filho.
Os aparelhos foram alvos de um grupo de hackers que fazem parte os quatro suspeitos presos nesta terça-feira (23).
Segundo o ministério, o caso está sendo tratado como uma questão de segurança nacional e Bolsonaro foi imediatamente comunicado.
Operação
Na última terça-feira (23), a Polícia Federal deflagrou a ‘Operação Spoofing’ que investiga suspeita de crimes cibernéticos. Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão autorizados pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília.
Foram presos Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Walter Delgatti Neto. Ao pedir a detenção dos quatro, a PF apresentou “um histórico de possíveis crimes” que os investigados teriam praticado em conjunto” para “violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram”.
De acordo com a PF, a investigação é conduzida desde o mês de abril, quando procuradores da Força Tarefa da Lava Jato passaram a relatar algumas ligações recebidas em seus aparelhos originadas do próprio número. Em junho, Moro e outras autoridades informaram ocorrência semelhante.
Ainda hoje, a PF deve encaminhar um ofício para o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) solicitando uma reunião para buscar formas de sanar as fragilidades encontradas na investigação.
Foto: Reprodução.
Fonte: Agência Brasil.
Redação por Ana Flávia Oliveira.