Manaus | 25 de Julho de 2019 (Quinta-feira)
A equipe de nove profissionais que atuavam na defesa do médium João Teixeira de Farias, conhecido como ‘João de Deus’, anunciou no fim da tarde da última quarta-feira (24) que vai deixar a causa. O anúncio foi feito através de nota e o motivo não foi divulgado, tratando-se apenas por um “imperativo ético”.
Entenda o caso
O médium João de Deus foi preso preventivamente no dia 16 de dezembro do ano anterior, acusado de abuso sexual por pacientes, apesar de muitas vítimas terem falado sobre o caso, até o momento, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nove denúncias contra ele, nas quais é acusado de crimes como estupro de vulnerável e violação sexual.
De acordo com o MP-GO, os abusos ocorreram pelos menos desde 1990, sendo interrompidos em 2018, quando as primeiras denúncias foram divulgadas pela imprensa.
Ainda segundo os advogados, em seus depoimentos, João de Deus negava as acusações à Justiça e a polícia, alegando que nunca praticou os abusos contra as mulheres que frequentaram a Casa Dom Inácio Loyola, em Abadiânia (GO), onde ele atendia pacientes em busca de cura espiritual.
Confira a nota na íntegra
Após sete meses de intensos trabalhos, com a realização de quase uma centena de audiências de norte a sul do Brasil, bem como a impetração e sustentação oral de inúmeros habeas corpus e recursos perante o Tribunal de Justiça de Goiás, o STJ e o STF, a defesa técnica do Sr. João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, renuncia à causa. Por imperativo ético, não podemos declinar as razões. Contudo, reiteramos nossa confiança na inocência do Sr. João e repudiamos a irreparável injustiça de manter preso preventivamente, sem os devidos cuidados médicos, um homem de 77 anos, doente, que ainda aguarda um veredicto sobre as acusações lançadas contra si. Confiamos que em um futuro breve a verdade e a Justiça sejam restabelecidas.
Alberto Zacharias Toron, Alex Neder, Luísa Moraes Abreu Ferreira, Renato Martins, Paulo Sergio Coelho, Giovana Paiva, André Perasso, Eduardo Macul e Robert Koller, advogados.
Foto: Reprodução/ TV Globo.
Fonte: Agência Brasil.
Redação por Ana Flávia Oliveira.

