Manaus | 26 de Julho de 2019 (Sexta-feira)
O governo dos Estados Unidos (EUA) anunciou na última quinta-feira (25), que após 16 anos de suspensão, voltará a execução de condenados à pena de morte por tribunais federais. A partir de dezembro, cinco presos já devem ser executados.
Segundo o procurador-geral do país, William Barr, o retorno das execuções possui o intuito de “fazer justiça às vítimas dos crimes mais horríveis”. “O Departamento de Justiça respalda o Estado de direito e devemos às vítimas e às suas famílias levar adiante a sentença imposta pelo nosso sistema de justiça”.
No ano anterior, ocorreram 25 execuções nos EUA, no entanto, todas foram encaminhadas a cabo de autoridades estaduais. A última execução pelo governo federal ocorreu em 2003.
Vale ressaltar que o Supremo Tribunal restituiu a pena de morte em 1976 e isso permitiu aos Estados mais conservadores do sul dos EUA, como Alabama e Mississipi, implementar esta pena. No ano de 1988, o Congresso americano aprovou ainda uma lei que permitia executar algumas pessoas condenadas por crimes relacionados às drogas.
Em 2014, após uma execução fracassada, o então presidente americano Barack Obama solicitou ao Departamento de Justiça para conduzir revisões aos programas de execução de pena de morte, tanto em nível federal como em vários estados. Questões relacionadas com as drogas letais utilizadas nas execuções estiveram na origem destes pedidos de revisão.
Willian Barr já enviou sua decisão ao Federal Bureau of Investigation (FBI) e solicitou ao diretor interino, Hugh Hurwitz, que programe as execuções de cinco presos que foram condenadas à morte por assassinato, por crimes de tortura e estupro contra crianças e idosos.
O presidente americano, Donald Trump, é defensor da pena de morte e já chegou a sugerir que os Estados Unidos deveriam adotar leis mais severas sobre o tráfico de drogas citando como exemplo as Filipinas, onde desde a eleição de Rodrigo Duterte milhares de suspeitos de tráfico estão sendo executados pela polícia.
De acordo com o Departamento de Justiça, a revisão foi concluída e as execuções podem ser retomadas. Barr aprovou um novo procedimento para injeções letais que substitui o coquetel de três drogas usado anteriormente por uma substância única. O método é semelhante ao usado em vários estados, como Geórgia, Missouri e Texas.
Foto: Getty Images.
Fonte: Agência Brasil.
Redação por Ana Flávia Oliveira.