Manaus | 26 de Julho de 2019 (Sexta-feira)

Um naufrágio de uma embarcação na costa da Líbia ocorrido na última quinta-feira (25) resultou do desaparecimento de mais de 100 migrantes, incluindo mulheres e crianças. A informação foi divulgada pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

De acordo com informações, a embarcação tinha partido da cidade Líbia de Al Khoms, a 120 quilômetros de Trípoli com destino à Europa.

“Estimamos que 150 migrantes estejam potencialmente desaparecidos e morreram no mar. Entre os mortos há mulheres e crianças”, afirmou o porta-voz do Acnur, Charlie Yaxley, acrescentando que para cada seis pessoas que chegam à Europa, uma morre no caminho.

O Comitê Internacional de Resgate informou que a tragédia é um duro lembrete para a crise humanitária que atinge a Líbia e para a necessidade da retomada de missões de busca e salvamento no Mediterrâneo.

Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), 145 pessoas foram resgatadas pela Guarda Costeira da Líbia e levadas outra vez ao país, onde receberam ajuda médica e humanitária da organização. Os sobreviventes relataram que havia ainda cerca de 150 pessoas desaparecidas.

O diretor para a Líbia do Comitê Internacional de Resgate, Thomas Garofalo, pediu para que migrantes capturados no mar não sejam enviados novamente ao país.

Entenda o caso

De acordo com o último relatório da Organização Internacional para as Migrações, 426 pessoas morreram no mar neste ano tentando chegar à Europa e outras 3.750 foram transferidas a centros de detenção na Líbia.

Após a revolta que derrubou o ditador de longa data Muammar Kadafi em 2011, a Líbia se tornou uma das principais portas de saída da África para migrantes que buscam uma vida melhor na Europa. Traficantes e grupos armados têm explorado o caos no país e são acusados por diversos abusos praticados contra migrantes, como tortura e rapto para obter resgate.

Foto: Imagem Ilustrativa -Mohame Ben Khalifa/ EPA.

Fonte: Agência Brasil.

Redação por Ana Flávia Oliveira.