Manaus | 26 de Agosto de 2019 (Segunda-feira)
De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os celulares ativos já somam 230 milhões no Brasil, um crescimento de 10 milhões em comparação ao ano anterior, sendo mais comum ter mais dispositivos digitais do que brasileiros.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, 37% dos brasileiros, cerca de 60 milhões de pessoas, convivem com a dor gerada pela má postura ao manusear os smartphones.
O número ultrapassa a média mundial, que atualmente é de 35%.
“Quando ficamos em uma posição neutra de zero graus, é exercida uma força de cinco quilos. À medida em que vamos dobrando o pescoço e fazendo uma curva, o ângulo aumenta e a pressão exercida ao chegar em 30 graus será de 18 quilos. Aos 60 graus, chega em 30 quilos”, informa a ortopedista do Grupo Notedrame Intermédica, Liége Mentz-Rosano.
Ainda de acordo com a profissional, a má postura frequente, se não for corrigida, poderá resultar em uma dor crônica e lesões graves que possivelmente podem recorrer à cirurgia.
“Essas lesões causadas pelo uso excessivo do celular podem levar à degeneração do disco, que vai formando uma barriga, que nada mais é do que a hérnia de disco. Essas hérnias podem resultar na compressão dos nervos, ocasionando perda de força, formigamento braços, artrose precoce nas pessoas mais jovens, degeneração não só no disco, mas na parte óssea”, disse Liége.
Para prevenir isso, a ortopedista informou que além de manter a postura correta para manusear os dispositivos digitais, também é necessário a realização de exercícios de fortalecimento e alongamento, de preferência uma ou mais vezes ao dia.
“Quando fortalecemos a musculatura anterior e posterior, fortalecemos as estruturas do pescoço. Isso protege e ajuda na correção postural”, disse.
Foto: Imagem Ilustrativa.
Fonte: Agência Brasil.
Redação por Ana Flávia Oliveira.