Manaus | 6 de Novembro de 2019 (Quarta-feira)
Pesquisadores da Abbott descobriram, pela primeira vez em quase vinte anos, um novo tipo de vírus HIV, causador da AIDS. Fazendo parte de um fruto do programa que dura há 25 anos e possui como objetivo monitorar o vírus da hepatite e HIV.
Desde o inicio do programa, Abbott já coletou mais de 78 mil amostras de vírus e identificou mais de 5 mil subtipos distintos.
Até então a cepa era desconhecida, porém, a sua descoberta pode auxiliar no combate a futuros surtos e a realizar novas formas de tratamento. A descoberta foi divulgada nesta quarta-feira (6) no periódico científico JAIDS (Journal of Acquired Immune Deficiency Syndromes).
O novo subtipo pertence ao grupo M do HIV. Sendo um dos quatro grupos em que se subdivide o vírus. A nova descoberta foi nomeada de ‘L’ e fará parte de outras dez cepas já catalogadas pela comunidade científica.
Vale ressaltar que a primeira amostra do subtipo L foi coletava ainda na década de 80, na época, não havia material necessário para a realização de uma análise mais apurada e era impossível sequenciar genomas.
“A nossa descoberta foi só o primeiro passo. Agora, podemos focar em novos tratamentos e vacinas para esse subtipo, o que já representa uma melhoria”, disse a bióloga chefe do Programa Global de Vigilância Viral da Abbott e cientista principal do estudo, Mary Rodgers.
Agora, depois de identificada, o subtipo L será acompanhado por médicos e especialistas de todo mundo, abrindo a possibilidade de ajudar a combater novas pandemias virais, além de criar novos medicamentos e vacinas.
“Graças aos esforços da comunidade global da área da saúde nas últimas décadas, a meta de acabar com a pandemia de HIV está se tornando atingível”, declarou a cientista para a VEJA.
Foto: PIXABAY.
Fonte: VEJA.