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Caso Flávio | Entenda a VERDADE de como está o andamento do caso a partir dos depoimentos dos suspeitos!

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Manaus | 21 de Novembro de 2019 (Quinta-feira)

Já chegando a mais de um mês da morte do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, de 42 anos, a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) permanece realizando o inquérito policial.

Porém, se formos analisar os depoimentos dos suspeitos, notamos informações mais detalhadas sobre o caso. Nesta semana, especificamente na segunda-feira (18), houve a reconstituição do dia da morte, onde todos participaram da ação.

O caso conforme os depoimentos

Tudo teria iniciado no sábado (28), no Bar Bohemia, localizado no Centro da capital, onde estavam, de acordo com o depoimento de Elielton Magno, ele, Bruno Barroso, José Edvandro conhecido como ‘Júnior Gordo’ e Flávio Rodrigues.

Segundo Elielton, Flávio pagava a bebida “para todo mundo” e todos estavam “fazendo uso de cocaína”, até o amanhecer do dia 29.

Já o depoimento de ‘Júnior Gordo’, todos estavam bebendo e consumindo entorpecentes no local, quando Matheus de Moura Martins acompanhado de um colega conhecido como ‘Pakalolo’ apareceu e os convidou para ir até a casa de Alejandro Valeiko.

Alejandro Valeiko confirmou as duas versões e teria informado que estava em sua residência, acompanhado do cozinheiro Vittorio Del Gatto, quando recebeu a ligação de Mateus alegando que estaria ‘indo lá’ acompanhado.

No caso, Vittorio e Valeiko só conheciam Matheus e Júnior Gordo. O grupo chegou no condomínio Passaredo por volta das 10h00, sendo informado pela portaria e por Vittorio para o policial militar Elizeu da Paz de Souza, a chegada do grupo.

Ainda no depoimento de Alejandro, o grupo chegou na residência e continuou a ingerir entorpecentes e álcool, quando à tarde, eles decidem ir para uma festa (rave) em um sítio, localizado na Avenida do Turismo, no Tarumã.

Flávio teria mandado uma mensagem para o grupo da família antes de sair com o grupo para a rave, informando que chegaria tarde em casa. Pakalolo vai então para a festa com Flávio, Alejandro Matheus e Júnior Gordo. Magno fica dormindo na casa.

Magno teria acordado por volta das 20h no quarto de Alejandro, e envia uma mensagem para a mãe e vai até a cozinha, sendo orientado por Vittorio a sair da residência pois Valeiko não estava.

A partir de agora, Matheus e Pakalolo já não estão mais envolvidos e nem citados no caso.

O grupo retorna a residência e encontra Vittorio limpando a cozinha, Flávio então, diz que vai comprar mais bebidas e sai do condomínio com Alejandro e Magno. Após comprar uma caixa de Brahma e pacote de batata salgada em um posto, voltam para a casa.

Ás 22h20, Elizeu entra no condomínio e em seu depoimento, declarou que “estava cansado de ver o que ocorria na casa”, referindo-se ao consumo de álcool e drogas excessivos no local. Mayc estava fazendo companhia para o policial e relatou que aparentava estar irritado e que daria ‘um susto’ nos convidados.

“Parede, eu vou dar um susto nesse pessoal, me acompanha”, teria dito o policial para Mayc, em seguida, veste uma máscara e Mayc coloca um boné branco.

Na residência estavam Magno, sentado em um sofá, Alejandro, sentado na cabeceira da mesa de jantar, Flávio também sentado na mesa de jantar de costas para a porta de entrada, e Júnior próximo à bancada da cozinha.

Elizeu se depara com os três, Magno, Alejandro e Flávio, e de acordo com a polícia, ele foi para direção de Alejandro desferindo duas coronhadas com sua pistola IMBEL .40, de cor preta, fazendo com que Valeiko sangrasse.

Magno então, corre e se depara com Mayc ainda do lado de fora da casa, e é agarrado pelo homem e sussurrando algo semelhante “ei pô, peraí peraí”. Ele é solto e corre em direção a guarita pedindo socorro, quando sente “algo quente escorrendo pelas costas’’.

Neste momento, Júnior Gordo está no banheiro e envia um pedido de socorro para o irmão, enviando a localização e solicitando a ajuda da polícia.

Elizeu teria visto gotas de sangue próximo de Mayc, fora da casa, e tira a máscara dizendo “o que tu fez?”. Mayc então entra na casa e afirma em se depoimento que Flávio vinha em sua direção desferir um soco, quando para se defender, imobiliza o engenheiro com um golpe macial chamado Katagatame.

Flávio desmaia e volta a consciência em alguns minutos e depois começa a gritar, como uma tentativa de tranquiliza-lo, Elizeu sugere colocar Flávio para fora da residência, Mayc o imobiliza pelo pescoço e o coloca no banco de trás do veiculo, Corolla.

Para evitar que Flávio continuasse gritando, Mayc usou uma fita silver tape cinza. Elizeu entra no veículo e diz que Mayc fez besteira e que deveriam deixar Flávio fora dali. Foi então que eles saíram do condomínio. Eles saíram às pressas do condomínio pois não queriam ser reconhecidos por Magno que estava na portaria recebendo atendimento.

Ambos fazem o retorno sentido aeroporto e entram na estrada do Tarumã, em direção a Vila Suíça, quando Elizeu decide soltar Flávio do veículo.

Ao chegar em um terreno, Flávio teria reagido após Mayc tentar cortar a fita de trás da cabeça, ambos travaram uma luta corporal. Mayc então desferiu dois a três golpes de faca no engenheiro. Segundo ele Flávio “correu mais para dentro do terreno”.

A faca então é jogada próximo do local e Mayc entra no carro, onde desabafa para Elizeu “Fiz merda, acabei com a minha vida”, e o policial responde “Tu acabou com a minha carreira”. Em seguida eles se separam e vão para suas respectivas residências.

Esposo de Paola Valeiko, irmã de Alejandro, Igor Gomes, teria recebido uma ligação do condomínio onde foi informado que Alejandro estava ferido e sangrando e uma pessoa foi esfaqueada, chegando no local acompanhado de Paola, Igor busca se informar sobre o ocorrido, mas ninguém sabia lhe dizer. Após entrar na casa de Alejandro, vê três ‘pegadas’ de sangue próximo a uma cadeira.

Paola então liga para a mãe, que estava no Hospital Adventista com o marido, o Prefeito de Manaus Arthur Neto, informando apenas o que sabia sobre o ocorrido.

Já a 00H00 Elizabeth Valeiko vai até a residência e encontra o filho ferido, com sinais de embriaguez e entorpecentes respondendo a ela que estava “tudo bem’’. Devidos as circunstâncias, a família imaginou que o ocorrido seria por dívidas por drogas.

Foto: Reprodução.

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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