Manaus | 28 de Novembro de 2019 (Quinta-feira)
Na última quarta-feira (27), o Tribunal do Júri condenou a mulher identificada como Tatiana Ferreira Lozano Pereira, acusada de matar o próprio filho, o jovem Itaberli Lozano, de 17 anos, a 25 anos e 8 meses de prisão em regime fechado.
Outros dois envolvidos no crime, Victor Roberto da Silva e Miller da Silva Barissa, foram condenados, cada um, a 21 anos e 8 meses de reclusão.
O caso aconteceu em Cravinhos, no interior de São Paulo, em dezembro de 2016.
A vítima teria ido morar com a avó após sofrer agressão da própria mãe por ser gay, mas Tatiana agiu para que o filho voltasse para a sua residência com a desculpa de “fazer as pazes”. Com a ajuda de Victor e Miller e de um adolescente de 16 anos, Tatiana teve a coragem de espancar o próprio filho.
Após a sessão de crueldade, a mãe golpeou o pescoço do próprio filho a facadas. Depois de confirmar a morte de Itaberli, Tatiana pediu ajuda do marido, padrasto da vítima, para se livrar do corpo.
O corpo do jovem foi levado a um canavial e logo em seguida incendiado.
Oito dias depois do crime, Tatiana foi a polícia notificar o desaparecimento do filho.
Durante o processo, o Ministério Público alegou que o crime foi motivado por homofobia, pois a mãe não aceitava a condição do filho de ser homossexual, em seu depoimento, Tatiana chegava a desabafar que não “aguentava mais ele [Itaberli]” levando homens e consumindo entorpecentes, mas negou que foi por homofobia.
Julgamento do padrasto da vítima adiado
O julgamento do marido de Tatiana, padrasto da vítima, Alex Canteli Pereira, foi adiado devido o seu advogado (que também defendida a esposa) abandonar o caso por “conflito de interesses”.
O homem responde pelo crime de ocultação de cadáver. A data para ser retomado o julgamento ainda não foi informada.
Foto: Reprodução/ redes sociais.
Fonte: Estadão.