Manaus | 29 de Novembro de 2019 (Sexta-feira)
Em uma coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (28) com os advogados de defesa de Alejandro Valeiko Félix Valois, Marco Aurélio Choy, Clotilde Castro e Yuri Dantas, apresentaram alguns pontos cruciais na investigação.
A defesa apresentou, em argumentos concretos, questiona o inquérito mostrado pela Polícia Civil sobre o Caso Flávio, segundo eles, pontos divergentes no documento geram questionamentos sobre a legalidade do processo.
“Na folha 1700 [por aí] dos autos, o sapato do Flávio também foi encontrado sujo de barro e sem evidências de sangue. Depois, nas folhas 2700 [e alguma coisa] dos autos, esse sapato reaparece sujo de sangue com algumas violações no cadarço, algo assim. A gente tem uma divergência que pretende abordar no momento oportuno”, disse o advogado Yuri Dantas sobre o sapato sujo de sangue encontrado na casa de Alejandro, questionando as provas técnicas.
Além disso, diferente do sapato de Flávio, o sapato de Alejandro apresentava uma riqueza de detalhes no inquérito, “O sapato do Alejandro […] estava na pia, lavandeira, tudo bonitinho e com foto. O sapato do Flávio não. Ninguém diz nada, onde esse sapato foi encontrado, de onde foi retirado, como foi achado, não tem nada descrito no laudo sobre isso”, pontuou Dantas.
Além disso, outro ponto debatido durante a coletiva foi a versão que Alejandro apresentou à polícia sobre quem teria invadido a casa 179, no dia do crime.
“O PM já tinha um estresse contra o Alejandro e isso é facilmente compreendido porque Elizeu era responsável [ pela segurança]. Qualquer pessoa em situação ameaçadora teria medo de acusar um policial militar, de alta patente, que tem acesso a sua família e sabe de toda a sua rotina. Então não há nenhuma suspeita de versão modificada, todos os depoimentos são convergentes sobre o cenário principal”, declarou a advogada Clotilde Castro.
“A polícia diz que ele não fez nada e o indicia? Como é que é isso? Eu não encontro outra palavra na Língua Portuguesa para não dizer que é perseguição, no caso política, e o pior: por fato de terceiros, que ele mesmo não é político e o Arthur não é acusado de nada. Se o Alejandro não fosse enteado do prefeito, isso [o caso] não saía na quinta página de um jornal em duas colunas”, reforçou o advogado Felix Valois sobre ser uma perseguição política.
Além da quebra de sigilo, a defesa também solicitou novamente a revogação da prisão de Alejandro.
Foto: Divulgação.