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Saúde | Com câncer terminal, Asa Branca pede para morrer “não aguento mais sofrer”

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Manaus | 17 de Dezembro de 2019 (Terça-feira)

O locutor de rodeios Asa Branca, 57, voltou a ser internado neste fim de semana, em estado grave, em um hospital em São Paulo. Portador do vírus HIV, ele está com tumores em vários pontos da garganta e da boca. Nesta segunda-feira (16), a família do locutor publicou uma nota informando o estado dele “é bem crítico”.

A mulher dele, Sandra dos Santos, afirmou ao programa “A Tarde É Sua” (Rede TV!) que a doença já se espalhou por todo o organismo.

“Os médicos disseram que a infecção dele está muito forte, tanto a pulmonar, que é a pneumonia, quanto o câncer. O câncer já tomou tudo, até a coluna cervical. A carótida dele está toda envolvida pelo câncer e para os médicos não tem mais o que fazer, agora a gente só espera a vontade de Deus, que Deus faça o que for melhor para ele.”

Santos ainda diz que ele pede parar morrer. “Ele pede para Deus toda hora: ‘tira meu sofrimento, não aguento mais sofrer’. Espero que ele faça uma passagem com todos os espíritos protetores protegendo ele”, disse ela à jornalista Sonia Abrão.

Asa Branca conseguiu acompanhar o lançamento do livro que conta a história de sua vida na última terça-feira (11), segundo a revista Veja. O locutor está com 58 kg e recebe doses de morfinas para tentar controlar as fortes dores.

Em outubro deste ano, Asa Branca, disse que se arrependia por ter construído sua carreira nos rodeios, em entrevista a revista Veja. Ele já estava sob cuidados paliativos.

Devido ao histórico de saúde do ex-locutor –ele é portador do vírus HIV e tem oito válvulas na cabeça, resultado de uma criptococose–, os médicos disseram que cirurgia ou sessões de quimioterapia não seriam recomendadas.

Diante da situação, o ex-locutor disse em entrevista à publicação ter se arrependido dos rodeios que narrava e que acredita que a doença veio como uma punição por ter construído sua fama com base na controversa tradição.

“Estou pagando toda a dor que causei e incentivei os outros a causar nos bichos dos rodeios”, disse, debilitado. “Dos rodeios grandes aos pequenos, a festa era de alegria para o público, mas de dor e sofrimento para os bichos.”

Na conversa, Asa Branca também admitiu se arrepender de ter gasto seu dinheiro de forma irresponsável –pouco lhe sobrou da fortuna que fez com os rodeios. Mas se voltasse atrás, ele diz que teria ido a festas e namorado com diversas mulheres de novo. “Eu bancava para todos uísque, cocaína e prostitutas”, disse o ex-locutor, que também lamenta seu vício na droga.

ÍCONE DOS RODEIOS

Waldemar Ruy Asa Branca dos Santos foi milionário e um ícone no mundo dos rodeios por criar um novo estilo de narração. Ele já chegou a ganhar R$ 1 milhão em um único mês, morava nos Jardins, região nobre de São Paulo, usava helicópteros e aviões fretados como meio de transporte.

Após abusar de uma vida de luxo, sexo e drogas, ele perdeu ao menos R$ 10 milhões. Portador do vírus da Aids desde 1999, o locutor, que apresentava os principais rodeios país afora, era figura fácil em programas de TV. Quase morreu em 2013, após contrair uma doença transmitida por pombos e meningite. Ele tentou retomar a carreira depois disso, mas a doença foi se agravando.

A carreira de Asa Branca foi meteórica. Virou locutor por acaso em 1985, quando o narrador oficial brigou com a direção de uma festa. Tinha sido eliminado do rodeio no primeiro dia e perdido o gosto pela atividade após ser pisado por um touro em 1984. O pisão lhe rendeu uma cirurgia no peito.

Tomou gosto pela narração e resolveu se aperfeiçoar. Foi limpar cocheiras no Texas, onde acontecem alguns dos principais eventos da área nos EUA, e conheceu uma tecnologia avançada à época: microfone sem fio.

Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

Fonte: FOLHAPRESS.

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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