Manaus, 11 de janeiro de 2020.
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, assumiu hoje (11), ter abatido por engano um avião civil ucraniano, atingido por um míssil. Além de declarar que “lamenta profundamente” e trata-se de “uma grande tragédia e um erro imperdoável”. O líder supremo do Irã foi informado ontem (10) das investigações e exigiu que a informação fosse tornada pública. O avião foi confundido com um míssil de cruzeiro.
“O inquérito interno das forças armadas concluiu que lamentavelmente mísseis lançados devido a erro humano provocaram a queda horrível do avião ucraniano e a morte de 176 inocentes”, declarou Rouhani, em mensagem divulgada no Twitter.
Armed Forces’ internal investigation has concluded that regrettably missiles fired due to human error caused the horrific crash of the Ukrainian plane & death of 176 innocent people.
Investigations continue to identify & prosecute this great tragedy & unforgivable mistake. #PS752— Hassan Rouhani (@HassanRouhani) January 11, 2020
“As investigações continuam para identificar e levar à justiça” os responsáveis, acrescentou, classificando o abate do avião como “uma grande tragédia e um erro imperdoável”.
Em um segundo tweet, Rouhani diz que o Irão “lamenta profundamente esse erro desastroso”. “Os meus pensamentos e orações vão para todas as famílias de luto. Ofereço as minhas mais sinceras condolências”, acrescentou.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Javad Zarif, apresentou “as desculpas” do país pela catástrofe envolvendo o Boeing 737 da companhia Ukrainian Airlines, depois de as forças armadas terem igualmente reconhecido que o avião foi abatido por erro.
“Dia triste”, escreveu Mohammmad Javad Zarif no Twitter. Um “erro humano em tempos de crise causada pelo aventureirismo norte-americano levaram ao desastre”, declarou.
“O nosso profundo arrependimento, desculpas e condolências ao nosso povo, às famílias das vítimas e às outras nações afetadas” pelo drama, disse o ministro.
https://twitter.com/JZarif/status/1215847283381755914
O Estado-maior das forças armadas do Irã garantiu à população do país que “o responsável” pela tragédia do Boeing, será imediatamente apresentado à Justiça militar. “Garantimos que ao realizar reformas fundamentais nos processos operacionais ao nível das forças armadas, vamos tornar impossível a repetição de tais erros”, acrescentou, em comunicado.
Em uma comunicação publicada em sua página na internet, ele exortou que se faça o necessário para “evitar a repetição de acidentes”, eliminando qualquer tipo de negligência. Ele também apelou às forças armadas que “investiguem as prováveis falhas e culpas no doloroso incidente”.
Fonte: Agência Brasil.
Foto: Reprodução.
Redação por Débora Almeida.