sexta-feira, abril 18, 2025
HomeMundoFiliação| Com R$ 200 mi no caixa, PSL pretende conquistar 500 prefeituras...

Filiação| Com R$ 200 mi no caixa, PSL pretende conquistar 500 prefeituras pelo Brasil.

Publicado em

Artigo Relacionado

Filme Ainda Estou Aqui conquista o 1º Oscar para o Brasil

Na noite do dia 02, neste domingo, aconteceu o Oscar 2025, a premiação mais...

Manaus, 14 de janeiro de 2020.

Sem o presidente Jair Bolsonaro como principal cabo eleitoral, mas com a estimativa de ter cerca de R$ 203 milhões em caixa para a disputa municipal, o PSL começou a traçar sua estratégia para tentar conquistar ao menos 500 prefeituras em todo o Brasil.

Dirigentes do partido, que terá a maior fatia do fundo eleitoral nesta corrida de 2020, estão organizando o que têm chamado de “PSL itinerante”. A ideia é que uma comitiva com integrantes da sigla percorra os 26 estados e o Distrito Federal entre março e maio para construir o maior número de candidaturas possíveis nos 5.570 municípios do país.

Nesses encontros, o comando do PSL pretende fazer um diagnóstico das cidades de cada estado, avaliar a viabilidade dos postulantes e estabelecer metas regionais.

“O PSL está muito organizado. Estamos trabalhando com foco em atingir a meta de eleger prefeitos em pelos menos 10% dos municípios brasileiros”, diz o deputado Junior Bozzella (PSL-SP), vice-presidente da sigla.

A estimativa é ousada. Hoje, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o partido tem apenas 32 prefeitos em todo o país -30 deles eleitos na corrida de 2016 e 2 em eleições suplementares.

Os dirigentes partidários dizem que os eventos pelo país terão como objetivo consolidar as diretrizes e a marca do partido, que teve seus quadros e recursos inflados graças à filiação do clã Bolsonaro.

Dois meses depois de o presidente oficializar a saída da sigla que o alçou ao Palácio do Planalto, a cúpula do PSL avalia que é preciso trabalhar para que a agremiação se torne mais homogênea.

A afinidade política e ideológica com Bolsonaro, dizem os dirigentes, não será impeditivo para os filiados que pretendem disputar a eleição. A preocupação, no entanto, é a de fazer um filtro para evitar que o PSL seja usado apenas como um trampolim.

“A identidade com o governo Bolsonaro não é um problema. Só não queremos que o PSL seja um partido de aluguel para os postulantes a prefeitos. Não dá para ser eleito pelo PSL e, em seguida, mudar de partido”, diz Bozzella, numa referência à possibilidade de perder quadros para a Aliança pelo Brasil, partido que o presidente trabalha para fundar.

Segundo estatísticas do TSE, de setembro a dezembro do ano passado, o PSL perdeu 6.520 filiados. Hoje, a sigla tem 347.867 integrantes -bem atrás de legendas como MDB, com 2.130.140, e PT, com 1.475.678.

O partido, entretanto, afirma que desde novembro recebeu 14.817 novos pedidos de filiação -dados que, diz a sigla, ainda não foram computados pela Justiça Eleitoral.

As desfiliações já oficializadas pelo TSE se intensificaram em meio ao racha no PSL. No início de outubro de 2019, Bolsonaro disse a apoiador que o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, estava “queimado pra caramba”.

A declaração do presidente foi o estopim para a crise que vinha se alastrando na esteira das denúncias sobre o esquema de candidaturas laranjas nas eleições de 2018, revelado pela Folha de S.Paulo.

À espera da chancela do presidente ao fundo eleitoral de R$ 2,034 bilhões, a atual direção do PSL montou uma espécie de força-tarefa para “colocar o partido em ordem” no país.

Há a avaliação de que, como o PSL terá a maior fatia dos recursos destinados à corrida eleitoral deste ano, a administração do montante terá de ser mais rigorosa. Inevitavelmente, admitem integrantes da sigla, os passos do partido serão acompanhados com lupa.

Uma reunião da executiva nacional foi marcada para o dia 3 de fevereiro. A ideia é que do encontro saia um diagnóstico da situação contábil e jurídica de diretórios municipais do PSL. O principal objetivo, segundo a cúpula da legenda, é trabalhar para regularizar aqueles que não estejam em dia com a Justiça Eleitoral.

Nessa data, a cúpula do partido também pretende apresentar o calendário do “PSL itinerante”. Segundo os dirigentes, uma das propostas é a realização de palestras temáticas aos filiados que pretendem disputar uma cadeira de prefeito. A sigla está selecionando especialistas para debates sobre violência doméstica, segurança pública, combate à corrupção, educação, saúde, desenvolvimento urbano e combate à fome.

“O partido tem quadros importantes em todo o país e tem um verdadeiro projeto de mudança para o Brasil. Estamos focados na expansão do liberalismo econômico para a construção de uma economia forte, no retorno dos investidores, em políticas públicas efetivas para saúde, infraestrutura e educação, além do combate irrestrito à corrupção e ao crime organizado”, diz Bozzella.

Antes do encontro nacional, diretórios estaduais já começaram a se organizar para a disputa desse ano. Em São Paulo, por exemplo, a ideia é ter candidatos na maioria dos 645 municípios do estado.

O partido trabalha com a estimativa de eleger ao menos 70 prefeitos. A sigla vai concentrar esforços na capital paulista, onde pretende lançar a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

No último dia 6, a executiva paulista fechou uma resolução sobre a corrida municipal. Entre os principais pontos, o partido vetou alianças no estado com PT, PSOL e PC do B e estabeleceu que a sigla tenha “candidatura própria a prefeito e chapa de vereadores completa em todos os municípios onde esteja constituído no estado de São Paulo”. A determinação deve ser replicada em todo o país.

“Estamos concentrando as nossas energias na eleição desses novos quadros. O nosso objetivo é estar presente em cidades estratégicas em todos os estados da nação e, assim, conseguir implementar as nossas bandeiras que vão ao encontro do que a população está esperando desde a eleição de 2018 e até agora não teve”, diz Bozzella.

Fonte: Folhapress.

Foto: Reprodução| Acesse Política.

Redação por Débora Almeida.

Últimos Artigos

FVS-RCP mostra como comprar peixe para semana santa de forma segura

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP),...

Com intuito de promover inovação por meio da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico, Agin/UEA realiza roda de conversa sobre Lei do Bem

A Agência de Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual da Universidade do Estado do Amazonas...

Com o suporte da literatura regional, alunos puderam conhecer sobre a história dos povos originários

Alunos do Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire participaram nesta...

TRE-AM recebe estudantes do curso de direito para acompanhar atividades

Nesta segunda-feira, 14, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) recebeu os alunos do...

Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

Mais artigos como este

FVS-RCP mostra como comprar peixe para semana santa de forma segura

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP),...

Com intuito de promover inovação por meio da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico, Agin/UEA realiza roda de conversa sobre Lei do Bem

A Agência de Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual da Universidade do Estado do Amazonas...

Com o suporte da literatura regional, alunos puderam conhecer sobre a história dos povos originários

Alunos do Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Elisa Bessa Freire participaram nesta...