Manaus, 31 de janeiro de 2020.
Uma plataforma de produção de petróleo da Petrobras, que estava ancorada na Baía de Guanabara, foi levada pelos fortes ventos que atingiram o Rio na noite desta quinta (30) e bateu na orla de Niterói, na região metropolitana da capital fluminense.
A Petrobras diz que ainda está avaliando os danos. A plataforma P-70 chegou ao Rio na última sexta (24) e passou nesta quinta por uma operação de desdocagem -sendo retirada de cima do navio que a trouxe da China, onde foi construída.
A tempestade começou no início da noite, causando transtornos em toda a região metropolitana. Às 20h05, o Centro de Operações Rio decretou estado de atenção. Por volta das 20h30, a plataforma bateu nas pedras da Boa Viagem, bairro litorâneo de Niterói.
A Petrobras diz que a plataforma se deslocou durante processo de ancoragem em uma área próxima da orla e que já havia reconduzido a embarcação para a área onde ficará ancorada. A empresa diz que não houve vítimas e que está apurando as causas da ocorrência.
O cronograma original prevê que a P-70 fique na baía de Guanabara por cerca de 30 dias, enquanto autoridades completam o processo de nacionalização e os últimos testes são feitos antes que seja transportada ao campo de Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos, onde vai operar.
É uma plataforma do tipo FPSO (sigla para unidade flutuante de produção, estocagem e transferência de petróleo), também conhecido como navio-plataforma. Com 228 metros de comprimento, 54 de largura e 31 de altura, ela pesa 78 mil toneladas.
A P-70 tem capacidade para produzir 150 mil barris de petróleo por dia. Veio da China transportada pelo navio semissubmersível Boka Vanguard, que foi submerso na tarde desta quinta para a retirada da plataforma. A baía de Guanabara foi escolhida como local da operação justamente por ter águas abrigadas.
Fonte: Folhapress.
Foto:Fernando Frazão/ Agência Brasil
Redação por Débora Almeida.