Manaus | 12 de Março de 2020 (Quinta-feira)
Os celulares de Adriano da Nóbrega, ex-policial militar ligado ao senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), chegaram ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), da Polícia Civil, onde serão periciados.
Ao todo, 13 aparelhos foram apreendidos no dia da operação em que o ex-capitão do Bope foi morto, no início de fevereiro, no município de Esplanada, na Bahia.
Dias depois da morte de Adriano, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demonstrou preocupação com os telefones. “Será que a perícia [oficial] poderá ser insuspeita? Eu quero uma perícia insuspeita. Não queremos que sejam inseridos áudios ou conversas no celular dele”, disse na ocasião.
Adriano foi citado na investigação sobre “rachadinha” no antigo gabinete de Flávio, à época deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).
O ex-PM teve parentes nomeados por Flávio, de quem também recebeu homenagens oficiais mesmo quando estava preso sob acusação de homicídio de um guardador de carros. O ex-capitão também foi defendido pelo presidente Jair Bolsonaro em discurso na Câmara em 2005, quando chegou a ser condenado no processo. Ele foi absolvido dois anos depois.
Adriano foi expulso da PM em 2014, apontando como segurança de um bicheiro. Investigações apontam que o ex-policial militar também atuava homicídios profissionais e na exploração de máquina de caça-níqueis. Estava foragido por outra acusação: chefiar a milícia de Rio das Pedras, a mais antiga da capital.
Foto: Reprodução.
Fonte: CAMILA MATTOSO – FOLHAPRESS.