Manaus | 17 de abril, 2020 | Sexta-feira
O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, disse na tarde desta quinta-feira (16) que está alinhado ao presidente Jair Bolsonaro e que não haverá nenhuma definição brusca sobre isolamento social em meio à pandemia do novo coronavírus, que já matou 1.924 pessoas no Brasil.
“Não vai haver qualquer definição brusca ou radical do que vai acontecer”, disse o substituto de Luiz Henrique Mandetta, demitido pouco antes de Teich ser anunciado.
Em pronunciamento feito ao lado de Bolsonaro, o novo titular da Saúde afirmou que é preciso haver informação para a tomada de qualquer decisão.

“O que é fundamental é que a gente consiga enxergar aquela informação que a gente tem até ontem, decidir qual a melhor ação, entender o momento e seguir neste caminho de definir qual a melhor forma de isolamento, distanciamento.”
Teich (pronuncia-se Táich) foi confirmado substituto de Mandetta no dia em que o Brasil atingiu a marca de mais de 30 mil casos confirmados e 1.924 mortes pela Covid-19.
“O que é fundamental é que isso seja cada vez mais, a gente vai falar isso o tempo todo, que isso cada vez mais seja baseado em informação sólida. Quanto menos informação você tem, mais aquilo é discutido na emoção. Isso não leva a nada porque isso é absolutamente ineficiente.”
“Tudo aqui vai ser tratado absolutamente de uma forma técnica e científica”, declarou Teich, que afirmou estar em consonância com o presidente. “Existe um alinhamento completo aqui entre mim e o presidente e todo o grupo do ministério. O que a gente está fazendo aqui hoje é trabalhar para que a sociedade retorne, de forma cada vez mais rápida, a uma vida normal.”
E, já na mesma toada de Bolsonaro, Teich falou de saúde e economia. “Essas coisas não competem entre si. Elas são completamente complementares. Quando você polariza uma coisa dessas, você começa a tratar como se fosse pessoas versus dinheiro, o bem versus o mal, empregos versus pessoas doentes. E não é nada disso.”
Em seu pronunciamento, Teich defendeu pesquisa para que se disponibilize remédios ou vacinas para a Covid-19.
“Você vai disponibilizar o que existe hoje em termos de vacina ou em termos de medicamento dentro, essencialmente, o ideal, dentro de coisas que funcionem como projeto de pesquisa”, disse.
“Porque isso vai permitir que você colha o maior número possível de informações no espaço mais curto de tempo. Isso vai te ajudar a entender o que faz diferença ou não para as pessoas, para os pacientes e para a sociedade”, afirmou Teich, que defendeu também um programa de testes para entender a doença.
“Quanto mais a gente entender da doença, maior vai ser a nossa capacidade de administrar o momento, planejar o futuro e sair desta política do isolamento e do distanciamento. Para conhecer a doença, a gente vai ter que fazer um programa de testes. É fundamental que a gente tenha uma avaliação do que que é esta doença hoje”, disse Teich.
Fonte e Foto: Agência Brasil