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Pesquisa | Demissão de Mandetta por Bolsonaro é reprovada por 64%, diz Datafolha

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Manaus | 18 de abril, 2020 | Sábado

A demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde pelo presidente Jair Bolsonaro, em meio à crise da pandemia do novo coronavírus, foi reprovada por 64% dos brasileiros, mostra pesquisa do Datafolha feita nesta sexta-feira (17).

O levantamento aponta um empate técnico entre aqueles que acreditam que a condução da emergência sanitária pelo Ministério da Saúde sem Mandetta irá piorar (36%) ou melhorar (32%). O ex-ministro foi demitido na quinta (16), e passou o cargo para o médico Nelson Teich.

O Datafolha ouviu 1.606 pessoas por telefone, para evitar contato pessoal, e sua margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

A pesquisa mostrou um estancamento na erosão da imagem do presidente como gestor da maior crise de saúde pública deste século. Sua aprovação oscilou positivamente, dentro da margem de erro, de 33% no levantamento feito de 1º a 3 de abril para 36% agora.

Assim, os satisfeitos empatam tecnicamente com os descontentes, que eram 39% e agora são 38%. O patamar de quem acha o desempenho presidencial ruim ou péssimo estabilizou-se em patamar acima do registrado na primeira pesquisa sobre a crise, feita de 18 a 20 de março: 33%.

Para 23%, o trabalho do presidente é regular, o mesmo nível (25%) da rodada anterior. Os parâmetros de desaprovação e aprovação do presidente seguem semelhantes. Ele é mais reprovado por mulheres (41%), mais ricos (acima de dez salários mínimos, 48%) e instruídos (com curso superior, 46%).

Perguntados se Bolsonaro tem capacidade para continuar liderando o país, 52% acham que sim e 44%, que não. Novamente, homens são mais favoráveis ao mandatário, com 58% de “sim”, número igual ao registrado entre moradores da região Sul, seu reduto eleitoral.

Embora não seja comparável metodologicamente com levantamentos presenciais anteriores, o índice de apoio a Bolsonaro se assemelha ao verificado na população em geral, o que tem determinado a atitude intransigente do presidente em relação às suas visões acerca da crise, contrárias à prática internacional no combate ao novo coronavírus.

Mandetta foi demitido na quinta (16), após um processo de fritura que demorou cerca de um mês devido ao fato de ele não concordar com as diretrizes defendidas por Bolsonaro.

O ex-ministro sempre foi claro acerca da defesa do isolamento social como instrumento de contenção de propagação do patógeno e se mostrou cauteloso, quando não cético, ao uso indiscriminado de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar doentes.

Com efeito, o trabalho do Ministério da Saúde era aprovado por 76% no levantamento anterior, ante 33% do presidente. Ex-ministro, Mandetta registra na nova pesquisa uma avaliação positiva de seu trabalho de 70% dos ouvidos, ante 18% dos que o acharam regular e 7%, que o reprovaram.

FOTO: Agência Brasil

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Eric Lima

Criador do Portal Pontual

Mestrado em Saúde, Sociedade e Endemias na área de concentração de Epidemiologia de Agravos e Prevalentes na Amazônia pelo instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/FIOCRUZ), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade Federal do Pará (UFPA - 2013). Tem experiência em pesquisa na área de Epidemiologia, Saúde Coletiva com ênfase em Saúde Pública, Avaliação de Serviço em Saúde e Saúde Baseada em Evidências, desenvolvendo estudos nos temas: Tuberculose, Resistência aos fármacos, Tuberculose Multirresistente, Coinfecção TB/HIV.

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