Manaus | 21 de abril, 2020 | Terça-feira
Líder da tropa de choque de Fernando Collor, delator do mensalão e agora o mais novo melhor amigo do presidente Jair Bolsonaro.
O presidente nacional do PTB e ex-deputado federal Roberto Jefferson (RJ) acaba de se reinventar mais uma vez.
A nova roupagem bolsonarista mostrou-se claramente na noite de domingo (19), numa transmissão pela internet em que Jefferson abriu fogo contra o Congresso.
Escolheu como alvo especial o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por supostamente articular o esvaziamento dos poderes presidenciais.
A live, uma conversa com o jornalista-ativista Oswaldo Eustáquio, teve 1,82 milhão de visualizações e foi compartilhada por Bolsonaro e diversos integrantes de sua base de ativistas digitais.
Na transmissão, Jefferson denunciou um suposto golpe que estaria sendo arquitetado com a participação de governadores e lideranças como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para aprovar o impeachment de Bolsonaro ou instituir um parlamentarismo branco.
O mesmo padrão tem se repetido nas redes sociais e em entrevistas. O Jefferson relativamente sóbrio (ao menos para seus padrões) de alguns meses atrás deu lugar a um integrante dedicado da base de militantes virtuais do presidente, inclusive no tom duro e até agressivo.
Pouco antes, pelo Twitter, havia acusado FHC de ser “o maestro nessa orquestração do golpe”. “Rodrigo Maia é o trombone, e [João] Doria, a flauta doce”, completou.
O ex-deputado também tem copiado parte da retórica e da simbologia usadas por Bolsonaro. Num post recente, repetiu o bordão “Brasil acima de tudo” e elogiou o general João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura militar, comparando-o ao atual presidente.
https://twitter.com/luizlar/status/1252031450746142723
Foto: Isto é