Manaus | 6 de maio, 2020 | Quarta-feira
O Hospital e Pronto Socorro 28 de Agosto, possui 34 anos de funcionalidade e é inegável a sua importância para a população amazonense.
A atual gestão da unidade de saúde é encabeçada pela enfermeira Alessandra dos Santos, que foi nomeada para o cargo de diretora no dia 31 de janeiro de 2020, logo após uma grave denúncia envolvendo a gestão anterior.
Apesar da nomeação da enfermeira Alessandra dos Santos ter criado expectativa de melhoras para a gestão do Hospital 28 de Agosto, inúmeras situações prejudicam diretamente o atendimento à população. Para esclarecer bem o contexto atual do hospital, cabe relembrar alguns epsódios que tiveram destaque nos primeiro meses de 2020.
Inúmeras reclamações e denúncias por parte da população sobre a forma do atendimento, escassez de medicamento, falta de material de expediente, insumos e equipamentos para exames de baixa complexidade compõem um conjunto de crises e problemas.
No domingo (26/04), alguns enfermeiros do Hospital realizaram uma paralisação em suas atividades para reivindicar melhores condições de trabalho, motivados pela falta de equipamentos de proteção individual adequada para o contato com pacientes infectados pela Covid-19, além do atraso do pagamento dos salários.
Diversas reclamações foram realizadas por parte dos profissionais sobre a possível conduta de perseguição, falta de comunicação e entendimento com a equipe, havendo a necessidade de intermediação do Presidente do Coren-AM, enfermeiro Sandro André, que reuniu no último dia (30/04) com Alessandra dos Santos e com a gerente de enfermagem Antônia Campelo, para realizar esclarecimentos das denúncias sobre a possível falta de EPI’s e as ocorrências entre direção e equipe de enfermagem.
ligados a gestão ineficiente, que estava estabelecida mesmo antes do pico da crise da covid-19, entre eles estão a falta de adequação de recursos humanos – o que gera baixa qualidade no atendimento. Os profissionais não conseguem realizar as anotações dos pacientes, e fazer atendimentos adequados durante as visitas aos leitos.
Falta adequação de recursos materiais – A quantidade de ambulâncias para o transporte é insuficiente e a falta de medicamento para prestar assistência são situações de rotina na unidade, conforme os relatos dos próprios pacientes, que diante a situação, são obrigados a comprarem os medicamentos, esparadrapos e gases para conseguirem atendimento no hospital.
A capacidade de gerenciamento de problemas e de controle sobre o que falta e o que sobra em termos de insumos e medicamentos é fundamental em um hospital desse porte, assim como o pedido de contratação é de responsabilidade da direção do hospital.
Com todos os fatos e manifestações, está evidente que há uma dificuldade de administrar os profissionais que trabalham no hospital, o que requer habilidade na organização e administração.
Mais uma vez, o Hospital 28 de Agosto é destaque pela ineficiência no gerenciamento hospitalar, uma gestão deficiente que desperdiça tempo, recurso e capacidade técnica.
Hoje o Hospital Pronto Socorro 28 de Agosto está estruturado para o atendimento ao público da seguinte forma:
Atendimento ambulatorial e hospitalar de média complexidade. Possui um fluxo de clientela de atendimento espontânea e de tipo de atendimento ambulatorial, internação, Serviço Auxíliar de Diagnóstico e Terapia (SADT) e urgência. Na parte ambulatorial é oferecido o serviço de Diálise, Químio – Rádio e Hemoterapia.
O 28 de agosto possui a capacidade de atendimento de Leitos classificados da seguinte forma:
COMPLEMENTAR
Unidade Isolamento – 11
UTI Adulto- Tipo II – 40
UTI II Adulto – COVID 19 – 12
ESPECIALIDADE CIRÚRGICA
CIRURGIA GERAL – 118
OFTALMOLOGIA – 4
ORTOPEDIA TRAUMATOLOGIA – 37
PLASTICA – 2
QUEIMADO ADULTO – 20
ESPECIALIADADE CLÍNICA
CLINICA GERAL – 118
NEFROUROLOGIA – 36
OUTRAS ESPECIALIDADES
PSIQUIATRIA – 3
Fonte : Portal Manaós
