Manaus | 6 de maio, 2020 | Quarta-feira
Um agente do Ibama foi agredido com uma garrafada no rosto após uma operação contra desmatamento na Amazônia, no estado do Pará.
https://twitter.com/fiscaldoibama/status/1257855931263725569
Durante a operação perto do município de Uruará e da Terra Indígena Cachoeira Seca, no sudoeste do Pará, os fiscais queimaram três caminhões e dois tratores usados para retirada ilegal de madeira e apreenderam um caminhão.
Conforme deixavam a área, pessoas no local queimaram uma ponte e cercaram o veículo apreendido.
Após uma breve discussão entre um fiscal e um dos presentes, um homem jogou uma garrafa no agente. O fiscal foi atendido no hospital do município e passa bem.
Segundo a Asibama-PA (Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente), os mesmos manifestantes tentavam impedir, desde a semana passada, o trabalho de fiscalização na terra indígena.
O Ibama tem permissão para destruir material apreendido em operações de fiscalização, segundo o artigo 111 do decreto 6.514, de 2008. O texto afirma que a destruição pode ocorrer quando o transporte e a guarda forem inviáveis frente às circunstâncias.
“O Ibama, seu presidente, a Diretoria de Proteção Ambiental, e também o MMA [Ministério do Meio Ambiente], diretamente ligados à fiscalização ambiental federal, têm o dever de manifestação e apoio ao servidor atingido, às equipes ainda em campo e, principalmente, de garantir a segurança de todos os servidores ligados à fiscalização, controle, e gestão do meio ambiente, no âmbito de suas instituições, para que tais casos, graves, não tornem a se repetir”, diz a Asibama/PA, em nota.